Católicos são 1,4 bilhão no mundo; África lidera crescimento
Com 182 milhões de fiéis, Brasil lidera com 13% dos católicos do planeta

O número de católicos no mundo alcançou 1,406 bilhão em 2023, um crescimento de 1,15% em relação ao ano anterior, segundo o Annuario Pontificio 2025 e o Annuarium Statisticum Ecclesiae 2023, divulgados pela Secretaria de Estado do Vaticano.
A África foi o continente com maior aumento proporcional, de 3,31%, consolidando-se como uma das regiões mais dinâmicas da Igreja, enquanto a Europa continua estagnada.
Na África, a população católica passou de 272 milhões para 281 milhões, com destaque para a República Democrática do Congo (55 milhões) e a Nigéria (35 milhões).
Já a América concentra 47,8% dos católicos do mundo, com 27,4% apenas na América do Sul. O Brasil segue como o país com o maior número de católicos, com 182 milhões, o equivalente a 13% do total global.
Em contraste, a Europa representa 20,4% da população católica mundial, mas registrou crescimento de apenas 0,2%. A Oceania contabilizou pouco mais de 11 milhões de fiéis, um aumento de 1,9%. A Ásia, com 11% do total, apresentou crescimento de 0,6%, sendo Filipinas e Índia os países mais expressivos.
O número de bispos aumentou 1,4% no biênio, chegando a 5.430, com crescimento especialmente na África e Ásia. Contudo, o número de sacerdotes diminuiu globalmente 0,2%, totalizando 406.996. Enquanto África (+2,7%) e Ásia (+1,6%) ampliaram seus quadros, Europa (-1,6%), Oceania (-1%) e América (-0,7%) perderam clérigos.
Há desequilíbrio na distribuição dos padres. A Europa concentra 38,1% dos sacerdotes e apenas 20,4% dos católicos, enquanto a América do Sul, com 27,4% dos fiéis, conta com apenas 12,4% dos sacerdotes. Na África, a escassez também é evidente.
O número de diáconos permanentes, por outro lado, cresceu 2,6%, atingindo 51.433. Eles são mais presentes na América do Norte (39% do total mundial) e na Europa (31%).
O relatório também aponta queda de 1,6% no número de religiosas professas, que passaram de 599.228 para 589.423. A redução é atribuída ao envelhecimento das freiras, especialmente na Europa, que perdeu 3,8%. A África foi o único continente com crescimento expressivo (+2,2%).
O número de seminaristas continua em queda, recuando 1,8% entre 2022 e 2023, com exceção da África, onde houve leve alta de 1,1%.
A distribuição revela disparidades: enquanto África e Ásia concentram 61,4% dos seminaristas, a Europa e América, que juntas abrigam mais de dois terços dos católicos, ficam com apenas 37,7% deles.
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Comentários (1)
Bernadete Sampaio
21.03.2025 07:56