Catar por trás de manifestações antissemitas?
Os protestos estudantis fazem parte de uma estratégia bem financiada e organizada para influenciar a opinião pública e a política externa americana, diz estudo
Os protestos contra Israel nos campi de universidades americanas resultam do financiamento do Qatar à “educação” nos Estados Unidos e de seus esforços de propaganda no país, segundo o Dr. Yaron Friedman, professor de árabe e pesquisador do Departamento de Estudos do Oriente Médio e Islâmicos da Universidade de Haifa.
Em análise publicada no jornal The Jerusalem Post nesta terça-feira, 30, ele lembra que, a partir de 2019, a imprensa árabe nos países da coligação que impôs um boicote ao Qatar pelo seu apoio ao terrorismo – Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito – revelou como o movimento da “Irmandade Muçulmana” tinha começado a dominar segmentos do sistema educacional dos EUA.
O Qatar investiu aproximadamente US$ 5,6 bilhões em 81 universidades americanas desde 2007, incluindo instituições renomadas como Harvard, Yale, Cornell e Stanford, de acordo com levantamento feito há dois meses por Raymond Ibrahim, um acadêmico cristão de origem egípcia.
Um artigo de 2020, da pesquisadora Najat Al-Saeed, , dos Emirados Árabes Unidos, denuncia uma aliança entre a esquerda radical americana e ativistas da Irmandade Muçulmana, também financiados pelo Qatar. Esses grupos influenciam o sistema educacional americano, suprimindo vozes dissidentes sob o pretexto de “correção política” e “pensamento racista”.
Fundos
Al-Saeed aponta que os fundos catarianos não apenas promovem a ideologia islâmica, mas também buscam denegrir a imagem de adversários geopolíticos do Qatar, como Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Bahrein.
Os protestos estudantis, que parecem ser uma resposta juvenil espontânea ao conflito Israel-Palestina, são, na verdade, parte de uma estratégia bem financiada e organizada para influenciar a opinião pública e a política externa americana.
Este fenômeno revela o que está por trás dos movimentos estudantis e põe em dúvida o papel das universidades como centros de educação independente e livre de influências externas nocivas.
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