Com base em informações do tribunal, Kelly Khumalo, uma famosa cantora de gospel da África do Sul, teria encomendado o assassinato do seu ex-namorado, o renomado jogador de futebol Senzo Meyiwa. Meyiwa, morto em 2014, supostamente teria sido alvejado enquanto defendia Khumalo de assaltantes armados. Os cinco suspeitos de realizarem o crime foram presos em 2020.

Bongani Gininda, principal investigador do caso, declarou na última quarta-feira ao Tribunal Superior de Gauteng, que Khumalo teria planejado um “assassinato contratado”. A equipe representante de Khumalo que falou com a BBC, por sua vez, afirmou que confia no processo legal e que a cantora não irá comentar no momento, mas que seus advogados estão ativamente lidando com a situação.

Detalhes da acusação e da investigação

A acusação contra a cantora veio à tona depois que documentos policiais foram vazados após as prisões em 2020. Naquela época, o advogado de Khumalo afirmou à imprensa local que a cantora “não conhecia” os cinco indivíduos presos.

Gininda explicou ao tribunal que um dos suspeitos afirmou em seu depoimento que Khumalo lhes deu instruções para matar Meyiwa. Além disso, evidências de “links de celulares” conectavam Khumalo aos suspeitos.

Em 2021, o Coronel Lambertus Steyn da Unidade Nacional de Investigação de Casos Frios (National Cold Case Investigation Unit) prestou depoimento afirmando que Khumalo estivera em contato com um dos acusados pelo menos duas vezes antes do assassinato de Meyiwa.

Outras evidências no caso

O tribunal está atualmente determinando se as confissões são admissíveis, uma vez que dois dos suspeitos alegam que fizeram suas confissões sob coação.

Uma importante prova apresentada ao tribunal foi o registro de comunicação entre Khumalo e sua irmã no início de 2013, que supostamente mostrava que a cantora desejava se livrar de Meyiwa.

Apesar do clima tenso em torno do caso, o investigador principal, Bongani Gininda, disse ao tribunal que eles haviam descoberto uma fotografia de dinheiro em um saco transparente no celular de Khumalo – a mesma imagem foi encontrada no telefone de um dos suspeitos.

O caso continua em julgamento e a expectativa é que os próximos passos do processo legal tragam mais detalhes sobre essa história que tem atraído a atenção de todo o país.