Câmara dos EUA expande conceito de antissemitismo
Lei busca combater discriminação em universidades durante protestos antissemitas
A câmara dos deputados dos EUA aprovou legislação que expande a definição de antissemitismo utilizada para aplicar leis que combatem discriminação. A votação, que teve 320 votos favoráveis contra 91 contrários, demonstrou um apoio bipartidário significativo.
Se aprovado pelo senado e sancionado pelo presidente Joe Biden, o ministério de educação deverá adotar a definição de antissemitismo da Aliança Internacional para a Lembrança do Holocausto (IHRA). Radicais e fundamentalistas argumentam que isso poderia “limitar a liberdade de expressão”, especialmente em críticas ao Estado de Israel.
A medida expõe divisões dentro do Partido Democrata e enfrenta oposição de figuras como o deputado Jerry Nadler, que embora discorde de associar críticas a Israel com antissemitismo, reconhece que muitas vezes essas manifestações se transformam em ataques aos judeus. Do lado republicano, Thomas Massie criticou a lei como inconstitucional.
A deputada Marjorie Taylor Greene, republicana pela Geórgia conhecida pela adesão a teses conspiracionistas como o “QAnon” e “Pizzagate”, se posicionou contra a aprovação da lei.
Greene justificou a posição dizendo que a lei ameaça a “liberdade de expressão cristã” ao classificar como antissemitas as crenças que atribuem aos judeus a responsabilidade pela morte de Jesus. A deputada se identifica como “nacionalista cristã” e é uma apoiadora de Vladmir Putin por “proteger o cristianismo” na Rússia.
A legislação é uma resposta ao aumento do sentimento de insegurança entre estudantes judeus em campus universitários, como os da Universidade de Columbia e Yale. O deputado Pat Ryan destacou a importância de combater o antissemitismo nas instituições de ensino.
O projeto agora segue para o senado, onde será debatido e votado.
Deputada trumpista contra lei que combate antissemitismo (oantagonista.com.br)
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