No coração de junho de 2024, a China enfrenta um contraste extremo em seu clima. Diversas regiões do país registraram temperaturas jamais vistas anteriormente, enquanto outras partem para o enfrentamento de chuvas intensas e seus impactos na agricultura.

A cidade de Fenyang, localizada na norteña província de Shanxi, foi palco de um novo recorde com a temperatura atingindo alarmantes 40,2ºC. Esse índice foi observado graças a análises feitas pela Administração Meteorológica da China (CMA), que também destacou o aquecimento em 28 estações meteorológicas espalhadas pela nação.

Que fatores estão por trás do calor extremo na China?

A primavera de 2024 foi considerada a mais quente da história na China, com a temperatura média nacional alcançando 12,3ºC entre março e maio. Esse aquecimento não somente quebrou o recorde anterior registrado em 1961, mas também foi evidenciado pelo Centro Nacional do Clima, onde outras 12 estações ratificaram ou ultrapassaram marcas históricas de calor. Este aumento contínuo de temperatura levou o último ano a ser designado como o mais quente já documentado no país.

Impactos das chuvas torrenciais no sul da China

Enquanto o norte combate o calor extremo, o sul da China, conhecido por ser o maior produtor de arroz do país, enfrenta outro desafio: chuvas torrenciais. As precipitações recentes excederam expectativas, variando entre 50% e 100% além do habitual em algumas regiões, conforme informações do Ministério da Agricultura. Tais condições levaram à formulação de estratégias para minimizar danos ao cultivo de “arroz precoce”, geralmente plantado em março e colhido em junho.

A severidade das chuvas foi confirmada pela CMA, que registrou índices excepcionalmente altos de precipitação nas áreas de Zhejiang, Fujian, Jiangxi, Hunan, Guangxi e Guizhou. Estas áreas, além de serem hubs industriais importantes, enfrentam potencial elevado de inundações repentinas e outros perigos geológicos associados às chuvas intensas.

Resposta governamental aos fenômenos extremos

Perante a dramática divisão de eventos meteorológicos, a Sede Estatal de Controlo de Inundações e Alívio de Secas da China agiu prontamente. Uma resposta de emergência foi emitida com o intuito de coordenar ações contra as inundações no sul e combater os riscos de seca exacerbados no norte. Este plano envolve monitoramento constante e estratégias direcionadas para a gestão eficaz das crises decorrentes do clima extremo.

Fatos como esses sublinham a relevância crítica de sistemas de previsão meteorológica e resposta a desastres. Na China, a junção de altas temperaturas e chuvas copiosas reflete a variação do padrão sazonal de monções que, por sua vez, requer vigilância e adoção de medidas adaptativas contínuas tanto por parte das autoridades quanto dos habitantes dessas regiões afetadas.