Brasileiros relatam situação em cidade mais violenta da Argentina
Rosário, na Província de Santa Fé, vive um pico de violência no país
A cidade de Rosário, na Província de Santa Fé, vive um pico de violência na Argentina.
Quatro civis foram assassinados por integrantes de gangues narcotraficantes em cinco dias ao longo da primeira semana de março, contra sete homicídios no total de fevereiro e 17, em janeiro, na cidade de mais de 985.000 habitantes.
A crueldade também impressiona. Um dos quatro assassinados de março, um frentista de 25 anos, foi baleado à queima roupa em segundos ao ser abordado por volta da 0h de sábado retrasado, 9 de março.
A cena foi gravada por uma câmera de segurança e repercutiu no noticiário e na internet como símbolo do atual pico de violência na cidade natal de Lionel Messi.
Segundo as investigações da polícia, as gangues narcotraficantes da cidade, infames no país pelo seu grau de violência, encomendaram os assassinatos para aterrorizar a população.
Trata-se de uma resposta do crime organizado à política penitenciária do governo provincial de Maximiliano Pullaro, eleito em 2023, que tem restringido visitas pessoais e combatido o uso de celulares nos presídios.
Crusoé conversou com quatro brasileiros que moram em Rosário. Todos relataram preocupação com o cenário atual.
“Tenho estado meio apreensiva esses dias. Você sai na rua e fica meio assustado. Você vê alguém que até então você não tinha prestado atenção. E você fica achando ‘será que ela vai querer me assaltar?”, diz Leticia Assunção, de 33 anos, natural de Salvador, Bahia.
Ela se mudou em junho de 2023 e mora na região sul de Rosário, onde ocorreram dois dos quatro assassinatos da primeira semana de março. Apesar da criminalidade se concentrar nas regiões periféricas da cidade, em especial no sul e no oeste, o clima de insegurança se espalha pela comunidade brasileira de Rosário.
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