Brasileiro do Hezbollah é condenado; governo Lula silencia
A condenação por terrorismo revela cooperação entre a PF e o Mossad, mas expõe falta de posicionamento firme do Planalto
Lucas Passos Lima, brasileiro condenado a mais de 16 anos de prisão, foi recrutado pela milícia xiita Hezbollah para realizar ataques terroristas contra alvos judaicos no Brasil.
Ele foi preso em 2023 durante a primeira fase da Operação Trapiche, deflagrada pela Polícia Federal no dia 8 de novembro de 2023, com o objetivo de interromper atos preparatórios de terrorismo no Brasil.
A operação, conduzida em colaboração com agências internacionais, incluindo o Mossad (serviço secreto israelense), tinha como alvos suspeitos de ligação com o Hezbollah, que, segundo as investigações, planejavam ataques contra sinagogas e prédios da comunidade judaica no Brasil. Lima viajou duas vezes ao Líbano para receber treinamento, e os atentados planejados incluíam a Embaixada de Israel em Brasília.
Entre as ações realizadas pela PF, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal. Uma das prisões ocorreu no Aeroporto de Guarulhos. O governo de Israel confirmou que a Mossad e a Interpol colaboraram na operação, com ordens de prisão sendo emitidas para outros brasileiros que estariam no Líbano.
Os acusados podem enfrentar penas de até 15 anos e 6 meses de reclusão por constituir ou integrar organização terrorista e por atos preparatórios de terrorismo. A Operação Trapiche ocorre em meio à escalada do conflito entre Israel e o Hamas, com o Hezbollah desempenhando um papel crucial na região, além de ter uma longa história de atuação na América Latina, especialmente na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.
Apesar da gravidade dos fatos, o governo Lula mantém silêncio. A ausência de uma manifestação oficial contra o Hezbollah ou em defesa dos cidadãos brasileiros expostos ao terrorismo é vista com preocupação, especialmente diante do histórico de proximidade do presidente com o Irã, patrocinador do grupo.
Investigação Desmantela Rede do Hezbollah no Brasil
A Polícia Federal (PF) realizou uma investigação complexa que resultou na identificação de suspeitos ligados ao Hezbollah no Brasil, culminando na Operação Trapiche. Deflagrada em 8 de novembro de 2023, a operação teve como objetivo interromper atos preparatórios de terrorismo e desarticular uma rede extremista ativa no país.
A investigação contou com a colaboração de agências de inteligência internacionais, como a Mossad, de Israel. Essa parceria foi crucial para obter informações estratégicas sobre as atividades do Hezbollah no Brasil e na América Latina. Com essa ajuda, a PF conseguiu identificar suspeitos envolvidos em planos de ataques contra a comunidade judaica e israelense.
Um dos métodos utilizados foi o monitoramento de comunicações eletrônicas, interceptações telefônicas e análise de redes sociais. A PF investigou possíveis conexões entre os suspeitos e integrantes do Hezbollah no exterior, rastreando contatos e atividades suspeitas.
A análise de viagens internacionais também foi uma parte essencial da operação. A PF monitorou os suspeitos que haviam viajado para o Líbano, onde receberam treinamento do Hezbollah, verificando registros de imigração e movimentações financeiras que confirmaram a ligação com o grupo extremista.
Embora não confirmado oficialmente, há indícios de que a PF utilizou informantes ou agentes infiltrados para obter detalhes internos sobre as atividades do Hezbollah no Brasil. Além disso, os investigadores mapearam as conexões entre os suspeitos, localizados em estados como São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal.
A operação também contou com a cooperação da Interpol, que foi acionada para cumprir ordens de prisão internacional contra brasileiros envolvidos com o grupo extremista e atualmente foragidos no Líbano.
A região da tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, conhecida por ser um reduto de apoio logístico ao Hezbollah, também foi foco da investigação.
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