Brasil sofre também com a fumaça dos incêndios florestais na Bolívia
Desde junho, a Bolívia enfrenta um período de queimadas extremamente severo.
A fumaça proveniente de incêndios florestais na Bolívia está piorando a qualidade do ar no Sul e Centro do Brasil.
O material particulado se mistura com poluentes da Amazônia e outras regiões do país, criando um cenário preocupante.
Desde junho, a Bolívia enfrenta um período de incêndios florestais extremamente severo.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que, só em agosto de 2024, foram registrados 20.163 focos de calor, um valor muito acima da média histórica de 8.360.
Incêndios florestais na Bolívia afetam qualidade do ar no Brasil
A região de Santa Cruz, na Bolívia, é uma das mais afetadas pelos incêndios florestais. Lá, o fogo já devastou mais de dois milhões de hectares, agravando a situação ambiental.
O coordenador do Centro Operativo de Emergências Departamentais (COED), Jhonny Rojas, informou que o número de hectares queimados em 2024 superou os anos anteriores.
Ademais, agricultores locais praticam queimadas para renovar pastagens, mas os ventos fortes e a seca intensa têm dificultado o controle do fogo.
A situação é crítica e pode ser comparada aos incêndios catastróficos de 2019.
Combate para controlar as queimadas
Devido à fumaça espessa, muitas escolas em Santa Cruz foram fechadas e voos de pequenas aeronaves tiveram que ser cancelados.
O Ministério da Saúde boliviano já fez mais de 3.000 atendimentos médicos em função das queimadas. Além disso, militares, bombeiros e guardas florestais estão atuando com maquinário pesado para enfrentar o fogo.
O governo boliviano também disponibilizou três helicópteros equipados para carregar água, na tentativa de conter as chamas.
O Serviço Nacional de Meteorologia e Hidrologia (Senamhi) emitiu alertas devido à previsão de altas temperaturas que podem agravar ainda mais a situação.
Consequências das queimadas na Bolívia
A seca e os ventos fortes estão acelerando a propagação dos incêndios florestais, dificultando o combate ao fogo.
Santa Cruz, uma região vital para a agroindústria e que abriga numerosas reservas naturais, é a mais atingida. Outros departamentos como Beni e Pando também estão sofrendo com as chamas.
Pedro Pablo Ribera, da Fundação Amigos da Natureza, ressaltou que a falta de chuvas está complicando ainda mais o controle dos incêndios.
A temporada de queimadas começou muito cedo em 2024, com altos índices de temperatura e seca, o que apenas piora o cenário.
Incêndios florestais na Bolívia começaram mais cedo em 2024
Diferentemente dos anos anteriores, a Bolívia iniciou a temporada de queimadas já em junho de 2024, um mês antes do esperado.
Este início precoce, somado a um clima extremamente seco e quente, coloca o país em uma situação de alerta máxima.
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