Brasil não chama Hamas de terrorista porque segue a ONU, diz Vieira
O ministro de Relações Exteriores, chanceler Mauro Vieira, afirmou que e o Brasil não se refere ao Hamas como um grupo terrorista por seguir a determinação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU)...
O ministro de Relações Exteriores, chanceler Mauro Vieira, afirmou que o Brasil não se refere ao Hamas como um grupo terrorista por seguir a determinação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
“O Conselho de Segurança das Nações Unidas não classificou, nem a organização como um todo, nem as brigadas (braço armado), como organizações terroristas. O Brasil segue essa orientação”, comentou.
A declaração foi dada na tarde desta quarta-feira (18), em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado.
O chanceler emendou.
“A questão de declarar o Hamas como organização terrorista, ou não, foge, no momento, da nossa política. Porque nós declaramos os países, organizações ou pessoas que são designadas como tal pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas”, resumiu.
Na matéria “Chegou a hora de o Brasil ter a sua própria lista de terroristas“, CRUSOÉ registrou que vários países têm as suas:
“Eles fazem isso porque, com elas, podem aplicar sanções a empresas, impedir a entrada de pessoas perigosas ou congelar seus bens. Essas listas ainda facilitam a cooperação entre países. Como Argentina e Estados Unidos reconhecem o grupo Hezbollah como terrorista, fica mais fácil para um governo pedir ações ao outro ou trocar informações. (…)
A nota do Itamaraty dizendo que o Brasil segue a lista do Conselho de Segurança da ONU é só uma constatação de como as coisas funcionam. O Hamas nunca vai integrar essa lista, porque a Rússia, que integra o Conselho, mantém boas relações com esse grupo. Ismail Haniyeh, um dos seus líderes, é um visitante frequente de Moscou, onde costuma se encontrar com o chanceler Sergey Lavrov.
Cabe ao Brasil agora, após três brasileiros mortos (foto) pelo Hamas, tomar uma decisão política e criar uma lista de entidades terroristas, com o Hamas sendo o seu primeiro integrante. Além de mostrar um amadurecimento do país, isso ajudaria no combate aos perpetradores dos assassinatos de Ranani Glazer, Bruna Valeanu e Karla Mendes.”
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