Biden x Israel: a história se repete, 42 anos depois
Em 1982, o senador democrata Joe Biden teve seu primeiro embate com Israel
A visita do primeiro-ministro israelense Menachem Begin aos Estados Unidos em 1982 terminou em confronto no Capitólio, com senadores americanos atacando políticas israelenses no Líbano e na Cisjordânia.
Segundo o senador Paul E. Tsongas, democrata de Massachusetts, nunca se viu uma sessão tão acalorada com um chefe de estado estrangeiro em Washington, destacando uma erosão no apoio a Israel do Partido Democrata devido a políticas consideradas excessivas.
A controvérsia girou em torno do uso de alguns tipos especiais de bombas por Israel no Líbano, armas fornecidas pelos Estados Unidos sob a condição de serem usadas apenas para fins defensivos. Begin se comprometeu a investigar o uso dessas armas, respondendo a questionamentos do Departamento de Estado dos EUA, que também buscou esclarecimentos.
Begin foi recebido calorosamente pelo presidente Ronald Reagan, que endossou a abordagem israelense para a crise no Líbano, condicionando a retirada das tropas israelenses a uma série de medidas que incluíam a retirada das tropas sírias e o fim da ameaça militar da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) a Israel.
No entanto, a sessão do Comitê de Relações Exteriores do Senado se mostrou tensa, com vários senadores criticando as políticas israelenses. A defesa de Begin veio apenas de um pequeno grupo, incluindo os senadores Daniel Patrick Moynihan, S.I. Hayakawa e Rudy Boschwitz.
A discussão mais acalorada ocorreu entre Begin e o senador Joe Biden, que expressou não ser crítico à operação no Líbano, mas insistiu que Israel deveria interromper a política de estabelecer novos assentamentos judaicos na Cisjordânia, apontando que essa política estava deteriorando o apoio dos EUA a Israel.
Apesar da tensão, Begin afirmou ter apreciado a sessão, valorizando a liberdade de discussão entre homens livres.
Dois terços dos americanos preocupados com saúde mental de Biden
Pesquisa realizada pela The Associated Press-NORC Center for Public Affairs Research aponta uma crescente preocupação do eleitorado dos Estados Unidos sobre a capacidade mental dos dois principais candidatos à presidência este ano, especialmente com o atual presidente.
Mais de 63% dos adultos nos EUA expressam dúvidas em relação ao estado mental de Joe Biden, de 81 anos. Essa preocupação surge como um dos temas centrais na corrida eleitoral, potencialmente mais influente do que em quaisquer outros confrontos políticos recentes.
Uma das descobertas da pesquisa é o alto grau de ceticismo entre os independentes, com 80% deles duvidando da capacidade mental de Biden, contra 56% em relação a Trump. A situação é agravada pelo fato de uma parcela considerável de democratas também compartilhar dessas preocupações em relação a Biden, superando as dúvidas dos republicanos sobre Trump.
Apenas 38% dos americanos aprovam a maneira como Biden vem conduzindo seu mandato, refletindo desaprovação generalizada em áreas críticas como economia, imigração e política externa. Paralelamente, a economia nacional é percebida como deteriorada por 57% dos entrevistados desde a posse de Biden em 2021, apesar de uma visão ligeiramente mais positiva sobre as finanças pessoais entre os cidadãos.
A idade avançada dos candidatos emerge como um fator preocupante, exacerbado por descrições pouco lisonjeiras de Biden em um relatório do conselho especial, que contrasta com suas tentativas de desviar a atenção, brincando sobre sua longevidade e apontando falhas de Trump.
Este cenário estabelece um pano de fundo complicado para Biden, que busca reeleição enquanto suas alegadas conquistas políticas são ofuscadas por questões sobre sua capacidade cognitiva.
Muitos eleitores americanos expressam pessimismo sobre suas opções para novembro, desejando alternativas aos candidatos atuais devido aos riscos associados ao declínio cognitivo pela idade avançada. A pesquisa reflete um eleitorado atento não apenas às políticas propostas, mas também à vitalidade e acuidade mental necessárias para liderar a nação, com alguns já voltando suas esperanças para os candidatos a vice-presidente.
A pesquisa, conduzida entre 22 e 26 de fevereiro de 2024, envolveu 1.102 adultos e possui uma margem de erro de 4,1 pontos percentuais, segundo o NORC’s AmeriSpeak Panel.
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