Biden vai usar ‘Estado da União’ para atacar Trump
Presidente americano busca reconquistar a confiança de um eleitorado desiludido
No seu discurso anual do Estado da União (State of the Union), marcado para esta quinta-feira, 7, o presidente americano Joe Biden busca reconquistar a confiança de um eleitorado desiludido, promovendo suas realizações em infraestrutura e delineando sua visão para um segundo mandato.
A pesquisa mais recente da The Associated Press-NORC Center for Public Affairs Research revela que apenas 38% dos adultos nos EUA aprovam sua atuação como presidente, com 61% desaprovando. A preocupação com a capacidade mental de Biden é compartilhada por 63% dos entrevistados, um desafio que o discurso tentará superar.
Diante das dúvidas sobre sua capacidade e idade, Biden, o presidente mais velho na história do país, vai usar a oportunidade para tentar reafirmar sua competência em comparação à Donald Trump.
A apresentação, além de destacar propostas em áreas como ajuda à Ucrânia, regras migratórias mais rigorosas, acesso à aborto e redução no preço dos medicamentos, também quer mostrar a Biden como um líder vigoroso. A Casa Branca busca transformar o evento, tradicionalmente uma formalidade, em um momento mais pessoal de diálogo com a nação.
Segundo a secretária de imprensa, Karine Jean-Pierre, o discurso é uma extensão das conversas de Biden pelo país, uma oportunidade de reiterar seu comprometimento direto com as preocupações americanas. O presidente dedicou o último fim de semana para preparar sua fala em Camp David, contando com a ajuda de assessores próximos e do historiador presidencial Jon Meacham, ajustando até o último momento.
Biden se dirige a uma câmara liderada pelo Partido Republicano, enfrentando dificuldades em aprovar leis como as que apoiam a Ucrânia contra a invasão russa e Israel em seu conflito com o Hamas. Este cenário político desafia Biden a provar seu papel como o líder necessário para guiar a nação através de tempos complexos.
Biden e Trump revelam diferenças sobre crise da fronteira e imigração
O presidente americano Joe Biden e o ex-presidente Donald Trump, prováveis adversários na eleição deste ano, têm ideias e históricos totalmente distintas sobre imigração.
Segundo levantamento recente do Pew Research Cerner, 62% dos americanos veem a imigração como benéfica, com 72% favoráveis à cidadania para imigrantes que cumpram requisitos específicos. Esse aparente consenso esconde uma divisão profunda dos eleitores sobre a imigração ilegal.
Durante visita à cidade de Brownsville (Texas) nesta quinta, 29, Biden preferiu falar de mudanças climáticas, referindo-se aos céticos como “neandertais”, o que surpreendeu o público local que esperava um discurso que falasse sobre imigração. Sobre o tema, Biden criticou o Congresso por sua “incapacidade” de aprovar legislação sobre a fronteira.
Trump, em uma entrevista exclusiva durante sua visita à fronteira em Eagle Pass (Texas), descreveu a situação como um “campo de batalha”, criticando o governo Biden pela falta de cooperação do México e pela gestão ineficaz dos governadores democratas dos estados de fronteira.
O ex-presidente enfatizou a presença de migrantes em “idade de combate” provenientes de países como Irã, China, Rússia e Afeganistão, sugerindo uma ameaça potencial à segurança nacional. Ele também lamentou o tratamento preferencial dado aos migrantes em comparação com os veteranos americanos, destacando os incentivos criados pelas políticas atuais que atraem imigrantes ilegais para o país.
Essas diferenças na abordagem da crise na fronteira ilustram as visões irreconciliáveis sobre imigração e segurança entre os dois líderes, o que promete incendiar a campanha deste ano.
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