Biden impõe sanções mais duras ao petróleo russo
As medidas, em coordenação com Reino Unido, são impostas em meio à transição política nos EUA, com Trump se preparando para reunião com Putin
O governo Joe Biden ampliou na sexta-feira, 10, as sanções dos Estados Unidos contra o setor energético da Rússia, incluindo a indústria petrolífera, com o objetivo de cortar o financiamento para a guerra na Ucrânia.
As medidas, algumas das mais duras até o momento, afetam empresas como a Gazprom Neft e a Surgutneftegas, além de quase 200 petroleiros, muitos associados à chamada “frota sombra” que tenta escapar das sanções.
A Rússia também enfrenta restrições à exportação de gás natural liquefeito (GNL). A expectativa é que as medidas causem uma perda de bilhões de dólares mensais à Rússia.
Essas sanções, aplicadas em conjunto com o Reino Unido, chegam em um momento de transição política nos EUA, com Donald Trump se preparando para uma reunião com Vladimir Putin.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, elogiou as sanções de Biden e afirmou que as medidas prejudicam a capacidade de Putin de financiar a guerra.
Na sexta-feira, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, minimizou o impacto das sanções sobre os preços do petróleo, destacando que espera um aumento na oferta global de petróleo e queda nos preços da gasolina.
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Trump e Putin vão se encontrar?
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse na quinta-feira, 9 de janeiro, que estava preparando uma reunião com Vladimir Putin para “acabar” com a guerra na Ucrânia.
“Ele quer que nos encontremos, e estamos organizando isso”, disse Trump antes de uma reunião com governadores republicanos em seu resort Mar-a-Lago, em Palm Beach, Flórida.
“O presidente Putin quer que nos encontremos, ele até disse isso publicamente, e precisamos acabar com essa guerra, que é um verdadeiro desperdício”, acrescentou o republicano.
Europeus e ucranianos temem que Trump possa forçar Kiev a fazer grandes concessões e dar ao Kremlin uma vitória geopolítica.
Sob o comando do democrata Joe Biden, os Estados Unidos têm sido o principal apoiador da Ucrânia desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, fornecendo mais de US$ 65 bilhões em ajuda militar.
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