Biden: “Eles me martelam porque às vezes confundo nomes”
Na quinta-feira, o presidente dos EUA apresentou Zelensky como “presidente Putin” e chamou Kamala Harris de “vice-presidente Trump”
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (foto), afirmou na sexta-feira, um dia após coletiva de imprensa desastrosa, que ele está sendo “martelado” pela imprensa por confundir nomes “às vezes”.
Em um comício na cidade de Detroit, no Michigan, o democrata citou os comentários sobre seu desempenho no debate contra Donald Trump, em 27 de junho.
“Vocês devem ter notado que, desde o debate, a imprensa está me martelando. Eu cometo vários erros. Está tudo bem. Estão me martelando porque às vezes confundo nomes.”
Durante encontro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o presidente dos Estados Unidos apresentou o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, como “presidente Putin”.
“E agora, que quero passar a palavra ao presidente da Ucrânia, que tem tanta coragem quanto determinação, Senhoras e senhores, presidente Putin”, disse Biden.
Na sequência, ele se corrigiu e afirmou: “Presidente Zelensky. Eu estou tão focado em derrotar Putin”.
Biden também chamou Kamala Harris de “vice-presidente Trump” e disse ainda estar “seguindo o conselho do meu comandante-em-chefe”, que, ao menos oficialmente, é ele mesmo.
“Eu não teria escolhido vice-presidente Trump para ser vice-presidente se não achasse que ela não fosse qualificada para ser presidente”, afirmou em coletiva de imprensa ao ser questionado sobre a pressão interna no Partido Democrata para que desista da candidatura.
Casa Branca nega Parkinson
O porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, teve um embate verbal com o repórter da CBS, Ed O’Keefe, enquanto a administração Biden enfrenta questionamentos sobre as visitas recentes de um especialista em Parkinson à Casa Branca, levantando mais questões sobre a saúde mental do presidente americano.
Relatórios iniciais, publicados pelo New York Post, revelaram que o Dr. Kevin Cannard, um neurologista especializado em Parkinson do Walter Reed Military Medical Center, se encontrou várias vezes com o médico de Biden, Dr. Kevin O’Connor, no último ano.
Durante a coletiva de imprensa na segunda-feira, 8, Jean-Pierre se recusou a confirmar as visitas de Cannard, citando preocupações de segurança e privacidade, apesar de seu nome constar nos registros públicos de visitantes.
“É uma pergunta muito básica e direta”, exclamou O’Keefe. “Isso é algo que você deveria conseguir responder.”
Jean-Pierre respondeu com firmeza: “Ed, por favor, um pouco de respeito aqui. Por favor.” Ela continuou dizendo que Biden consultou um neurologista três vezes durante sua presidência, mas se recusou a confirmar se essas visitas estavam especificamente relacionadas à condição do presidente.
Na noite de segunda, 8, o Dr. Kevin O’Connor divulgou uma carta explicando que Cannard foi escolhido para os exames físicos anuais de Biden devido à sua ampla experiência e não especificamente por ser um especialista em distúrbios do movimento.
O’Connor assegurou que, durante o exame detalhado de Biden em fevereiro, não foram encontrados sinais de doenças neurológicas, como Parkinson, esclerose múltipla, esclerose lateral ascendente, derrame ou mielopatia cervical.
O confronto de Jean-Pierre com O’Keefe e outros repórteres na sala de imprensa refletiu a crescente preocupação e ceticismo sobre a transparência do governo em relação à saúde do presidente.
A recusa contínua da administração em compartilhar detalhes específicos e a insistência em questões de segurança e privacidade apenas alimentaram as especulações, aumentando a pressão sobre Biden, que recentemente teve um desempenho calamitoso no debate presidencial.
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