Biden diz que EUA não apoiam independência de Taiwan
O presidente Joe Biden (foto) afirmou neste sábado, 13, que os Estados Unidos não apoiam a independência de...
O presidente Joe Biden (foto) afirmou neste sábado, 13, que os Estados Unidos não apoiam a independência de Taiwan.
A declaração foi feita no mesmo dia em que Lai Ching-te venceu as eleições presidenciais da ilha. O candidato do Partido Democrático Progressista (PDP) é ainda mais anti-China que o atual governo.
Ele obteve 40,1% dos votos e era o candidato mais favorável à independência da ilha.
“Não apoiamos a independência”, disse Biden a jornalistas ao sair da Casa Branca.
Em comunicado divulgado mais cedo, porém, o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, parabenizou Lai pela vitória de hoje.
“Os Estados Unidos felicitam Lai pela vitória nas eleições presidenciais de Taiwan. Felicitamos igualmente o povo de Taiwan por ter demonstrado uma vez mais a força do seu sistema democrático e do seu sólido processo eleitoral”, afirmou o secretário de Estado dos EUA, acrescentando que Washington planeja enviar uma “delegação informal” à ilha.
“A parceria entre os povos americano e taiwanês, enraizada nos valores democráticos, continua a alargar-se e a aprofundar-se através de laços económicos, culturais e interpessoais”, disse no comunicado.
Rivalidade entre China e Estados Unidos
A situação política de Taiwan é um dos pontos mais delicados nas relações entre China e Estados Unidos, sendo este último o maior apoiador militar da ilha. Vedant Patel, porta-voz do Departamento de Estado americano, declarou que cabe aos eleitores de Taiwan, sem interferência externa, decidir sobre a escolha do seu próximo líder.
O futuro de Taiwan, portanto, caminha sobre uma fina linha, equilibrando-se entre a pressão de uma China cada vez mais assertiva e a necessidade de manter a estabilidade regional sem ceder à interferência estrangeira.
Taiwan está separada de fato da China continental desde 1949, quando o exército comunista de Mao Tsé-Tung derrubou as forças nacionalistas chinesas. Estas, por sua vez, buscaram refúgio na ilha e transformaram um governo autoritário em uma democracia na década de 1990.
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