Biden deixará para Trump decisão sobre novo governo sírio
Casa Branca manterá status de organização terrorista ao Hay'at Tahrir al-Sham, líderes do novo governo sírio, até a posse de Donald Trump
Os Estados Unidos manterão o grupo jihadista Hay’at Tahrir al-Sham (HTS), responsável pelo novo governo da Síria, na lista de organizações terroristas até o fim do mandato do presidente Joe Biden, segundo revelou o Washington Post.
Segundo um alto escalão do governo americano, os líderes “devem trazer ações que falem mais alto do que as palavras” para que sejam retirados da listagem.
Para a Casa Branca, ainda sob o governo de Biden, existe a preocupação de que jihadistas ocupem assentos no Ministério da Defesa da Síria.
O HTS surgiu como um braço armado da Al-Qaeda.
Enquanto o Estado Islâmico buscava criar um califado global e a Al Qaeda tinha como alvo principal os Estados Unidos, o HTS buscava principalmente derrubar Assad, como conseguiu, e estabelecer um regime comandado pela lei islâmica, a sharia.
O novo governo sírio tenta obter legitimidade entre os países europeus, que consideram o HTS como uma organização terrorista. Já houve uma série de conversas entre o líder do grupo, Ahmed al-Sharaa, e representantes de nações ocidentais.
Mesmo sem mudar o ‘status’ do grupo jihadista, os EUA relaxaram algumas sanções ao povo sírio.
O Departamento de Tesouro americano emitiu uma licença geral, de seis meses, autorizando negociações com o governo local. Segundo o vice-secretário do Tesouro, Wally Adeyemo, o “Tesouro vai continuar apoiando a Síria com ajuda humanitária durante o período de transição“.
Leia mais: “As promessas do HTS aos sírios”
O que muda com Trump?
A partir de 20 de janeiro, o presidente americano será Donald Trump.
O republicano já indicou nomes “de linha dura” em relação a pautas contra o extremismo islâmicos.
No Conselho de Segurança, Mike Waltz deve ser o responsável por políticas internacionais, entre eles Rússia, China, Irã e até mesmo a Síria:
“Mike se aposentou como Coronel e é um líder nacionalmente reconhecido em Segurança Nacional, um autor de best-sellers e um especialista nas ameaças representadas pela China, Rússia, Irã e terrorismo global.“, afirmou Trump quando indicou Waltz.
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