Balão espião chinês sobrevoa a América Latina; entenda
O porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, anunciou neste sábado, 4, que um balão espião chinês foi detectado sobrevoando a América Latina...
O porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, anunciou neste sábado, 4, que um balão espião chinês foi detectado sobrevoando a América Latina. O anúncio foi feito um dia após o secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, dizer que um balão espião chinês estaria “violando a soberania americana e a lei internacional“.
O ex-presidente americano Donald Trump, na rede social Truth Social, pediu para que o balão fosse abatido. A proposta é de difícil execução. O balão voa a uma altura muito alta, é movido por gás hélio, produz pouco calor e deixa uma impressão fraca nos radares. Em 1998, um caça canadense disparou mais de mil tiros em um objeto desse tipo, sem sucesso.
“Além disso, derrubar o balão não seria aconselhável do ponto de vista da segurança. O equipamento tem uma carga útil de 400 quilos, e poderia causar estragos ao cair“, diz o coronel da reserva Paulo Filho, especialista em assuntos de defesa e estratégia.
Na tarde deste sábado, caças americanos acertaram o artefato, após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dar uma ordem. Eles aguardaram que o balão estivesse sobre o Oceano Atlântico para abatê-lo.
Os chineses alegaram que se trata de um balão de pesquisas meteorológicas, que acabou se desviando de sua rota e entrou acidentalmente nos Estados Unidos. Contudo, o balão conseguia mudar seu curso, o que vai contra a versão chinesa. O fato de que foram encontrados dois balões torna essa explicação ainda mais improvável.
“Esses balões podem estar fazendo uma infinidade de coisas. Podem estar captando imagens, vasculhando o espectro eletromagnético em busca de algum tipo de sinal específico ou servindo para testar a vigilância do espaço aéreo americano“, diz Paulo Filho.
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