O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken (foto), alertou um grupo de congressistas na semana passada de que o seu departamento monitora a possibilidade de o Azerbaijão invadir em breve a Armênia, disseram duas pessoas familiarizadas com a conversa ao site Politico.

O Azerbaijão é uma ditadura produtora de petróleo e aliada a Vladimir Putin, cujo líder, Ilham Aliyev, está há 20 anos no poder —herdado de seu pai, Heydar Aliyev, que governou o país por dez anos.

O ditador azeri já apelou à Armênia para abrir um “corredor” ao longo da sua fronteira sul, ligando o Azerbaijão continental a um enclave que faz fronteira com a Turquia e o Irã, e  ameaçou resolver a questão “pela força”.

No início de outubro, os congressistas pressionaram Blinken sobre possíveis medidas contra Aliyev em resposta à invasão do enclave armênio de Nagorno-Karabakh, hoje dominado pela petroditadura.

O secretário de Estado respondeu que os EUA procuravam formas de responsabilizar o governo azeri, incluindo suspensão de ajuda militar, e revelou o risco de uma invasão da Armênia nas próximas semanas. Blinken acrescentou, porém, que confia nas negociações diplomáticas entre azeris e armênios.

Em nota, o Departamento de Estado não confirmou as declarações, mas enfatizou o compromisso dos EUA com a “soberania e integridade territorial da Armênia” e com a resolução do conflito por meio de “conversações diretas”.