Avanços em testes genéticos podem identificar cegueira em cães
Inovação em testes genéticos para prevenir a cegueira em cães pastores ingleses. O avanço científico detecta a mutação
Uma inovação significativa foi alcançada por cientistas da Universidade de Cambridge com o lançamento de um novo teste genético destinado a combater a atrofia progressiva da retina (PRA) em cães pastores ingleses, um grave problema de saúde que leva à cegueira. Esse avanço, detalhado recentemente em um estudo na revista científica Genes, promete transformar a abordagem na prevenção dessa doença em filhotes desses animais.
A atrofia progressiva da retina é uma condição genética sem cura conhecida que degenera as células fotossensíveis do olho, levando os cães afetados à cegueira total entre quatro e cinco anos de idade. A nova ferramenta genética não apenas detecta a possibilidade de a doença se desenvolver antes dos primeiros sintomas visuais, mas também oferece aos criadores informações valiosas para tomar decisões conscientes sobre a reprodução.
Como o Novo Teste Genético Pode Prevenir a Cegueira em Futuras Gerações?
O teste identifica a mutação genética responsável pela PRA, que pode ser transmitida mesmo se o cachorro possuir apenas uma cópia do gene mutado. A pesquisa revela que o risco de transmissão da doença é substancial, especialmente se ambos os pais do filhote são portadores da mutação, com um quarto dos filhotes potencialmente sendo afetados.
Descoberta e Desenvolvimento do Teste de DNA para Atrofia Progressiva da Retina
Este desenvolvimento se originou após os pesquisadores serem procurados por um proprietário de um cachorro pastor inglês com PRA. A pesquisa subsequente e o sequenciamento do genoma dos cães da mesma raça levou à identificação da mutação genética causadora. Atualmente, o teste está disponível por um preço acessível, o equivalente a um saco de ração de qualidade, e é visto como uma medida preventiva essencial na criação de cães saudáveis.
Impacto Potencial do Teste no Tratamento de Doenças Oculares em Humanos
Além de seu papel na prevenção da doença em cães, os cientistas acreditam que essa descoberta pode fornecer insights valiosos para o tratamento de condições similares em humanos, como a retinite pigmentosa, que também resulta em cegueira. A equipe de Cambridge espera que este teste possa eventualmente contribuir para o desenvolvimento de terapias genéticas eficazes para tais condições nos humanos.
Esta conquista não apenas eleva a qualidade de vida dos cães pastores ingleses, mas também representa um avanço promissor no campo da genética, com implicações potencialmente benéficas para o tratamento de doenças oculares hereditárias tanto em animais quanto em humanos. Com esse teste genético, a ciência dá mais um passo importante na erradicação de problemas hereditários graves e na melhoria da saúde de gerações futuras de cães e possivelmente de pessoas.
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