Autoridades reagem às revelações do Pandora Papers
Segundo o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, autoridades de ao menos nove países já pediram ou anunciaram a abertura de investigações sobre as atividades financeiras descritas pelo Pandora Papers. Entre eles, Índia, Paquistão, México, Espanha, Brasil, Sri Lanka, Austrália, Panamá e República Tcheca compõem a lista...
Segundo o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, autoridades de ao menos nove países já pediram ou anunciaram a abertura de investigações sobre as atividades financeiras descritas pelo Pandora Papers. Entre eles, Índia, Paquistão, México, Espanha, Brasil, Sri Lanka, Austrália, Panamá e República Tcheca compõem a lista.
A investigação revelou a existência de contas e empresas offshore em paraísos fiscais relacionadas a 35 líderes e ex-líderes mundiais.
Políticos e representantes de diversos países têm se manifestado nesta segunda-feira (4) sobre o caso.
A Rússia informou mais cedo que não vai iniciar investigações. “Estamos simplesmente diante de um caso de acusações sem fundamento”, disse o Kremlin.
Figuras próximas ao presidente russo, Vladimir Putin, aparecem nos documentos investigados como proprietários de contas e empresas offshore.
A Jordânia disse que as propriedades milionárias do rei Abdullah nos Estados Unidos e no Reino Unido foram compradas com fundos privados. Segundo a investigação, o monarca teria usado uma rede de contas offshore para comprar diversos imóveis avaliados em mais de US$ 106 milhões.
No Reino Unido, Boris Johnson disse apenas que todas as doações para o Partido Conservador foram “examinadas”. Os registros do Pandora Papers mostraram que um dos principais doadores de sua campanha, Mohamed Amersi, assessorou uma transação de suborno envolvendo a filha do presidente do Uzbequistão.
O ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, também aparece nos arquivos. Ele e sua esposa Cherie teriam deixado de pagar impostos em uma propriedade multimilionária em Londres, ao comprar uma companhia offshore.
O Ministério das Finanças da Índia afirmou que vai abrir uma investigação para avaliar se existem crimes nas operações atreladas a residentes no país.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)