Atos antissemitas triplicaram desde 7 de outubro no Reino Unido
O Community Security Trust (CST), que também fornece segurança para escolas ou locais de culto para a comunidade judaica no Reino Unido, anunciou este número recorde de 5.583 incidentes entre 7 de outubro de 2023, data do ataque sem precedentes do Hamas contra Israel
O número de atos antissemitas triplicou no Reino Unido no último ano, com mais de 5.000 incidentes registrados desde o ataque do Hamas em 7 de outubro e a resposta israelense em Gaza, de acordo com um relatório de uma associação comunitária publicado quarta-feira, 2 de outubro
O Community Security Trust (CST), que também fornece segurança para escolas ou locais de culto para a comunidade judaica no Reino Unido, anunciou este número recorde de 5.583 incidentes entre 7 de outubro de 2023, data do ataque sem precedentes do Hamas contra Israel.
“Quando o conflito se intensifica em Israel, o ódio antijudaico aumenta no Reino Unido (…) Este é o número mais alto já registrado em um período de 12 meses”, disse o CST. É também três vezes superior ao número total de incidentes cometidos no mesmo período do ano anterior no Reino Unido, que foi de 1.830.
A maior parte destes atos, registrados sobretudo na capital britânica, dizem respeito a ataques verbais (4583), outros a ameaças (401), havendo também ataques físicos (302) apontados pela CST.
Pouco mais de um quarto destes atos foram registrados no mês seguinte ao ataque sem precedentes de 7 de outubro em Israel, quando terroristas do Hamas infiltrados a partir da Faixa de Gaza entraram no sul do país e mataram com requintes de crueldade 1.205 pessoas, na sua maioria civis.
No mês passado, o primeiro-ministro do Trabalho, Keir Starmer, prometeu combater o “ressurgimento do antissemitismo”, dizendo à instituição de caridade Holocaust Educational Trust que o governo “não ficaria em silêncio” e “não distrairia o olhar”.
Antissemitismo na França
Na França, onde também os casos de antissemitismo cresceram exponencialmente, o novo chefe do governo francês, Michel Barnier fez questão de marcar posição sobre a questão: “Não haverá tolerância para com o racismo e o antissemitismo”, advertiu, virando-se para a extrema esquerda do hemiciclo.
A France Insoumise (LFI), partido da esquerda radical francesa, muito hostil a Israel e principal grupo político da Nova Frente Popular, coligação que une a esquerda na Assembleia Nacional, é frequentemente acusado de ter explorado a guerra no Oriente Médio para fins eleitorais.
De acordo com uma pesquisa revelada por Le Point em junho, 92% dos judeus franceses acreditam que o LFI é o movimento que mais contribui para o aumento do antissemitismo em França.
Ao mesmo tempo, uma onda de antissemitismo varreu a França desde os ataques terroristas que atingiram Israel em 7 de Outubro. Segundo o governo francês, foram registrados 366 atos antissemitas no primeiro trimestre de 2024, marcando um aumento de “300%” num ano.
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