Atletas zombam da falta de conforto na Vila Olímpica
Camas de “papelão”, comida sem tempero e ausência de ar-condicionado. Essas foram as principais reclamações acerca do conforto relativo da Vila Olímpica, ridicularizada pelos atletas
Camas de “papelão”, comida sem tempero e ausência de ar-condicionado. Tal é o conforto mais que relativo da Vila Olímpica, ridicularizada pelos atletas.
As camas disponibilizadas aos atletas durante os Jogos Olímpicos são alvo de fortes críticas. “Primeira noite nas camas de papelão. Estou prestes a perder as costas”, disse Tilly Kearns, campeã australiana de pólo aquático, em um vídeo postado no Instagram.
“As camas de papelão são reais, são muito duras”, diz a velocista Whitney Tie. O judoca francês Julien Brulard também comentou: “não é brincadeira, a cama olímpica como vocês podem ver é de papelão”.
A jogadora de rúgbi Libbie Janse van Rensburg também compartilhou sua opinião sobre roupas de cama: “O que está acontecendo com as camas da Vila Olímpica?”
Feito com materiais 100% reciclados, as camas foram apelidadas de anti-sexo. No entanto, essas camas de papelão não deveriam surpreender os atletas. Tóquio já havia optado pelo mesmo tipo de camas recicladas durante as Olimpíadas de 2021. As 16 mil camas entregues a Paris também foram encomendadas à empresa japonesa Airweave.
Comida sem tempero
As camas não são os únicos objetos de zombaria dos atletas. A ausência de televisão na sala também é lamentada por atletas como o nadador neozelandês Lewis Clareburt. A comida também é criticad
Em vídeo publicado na rede TikTok, a ginasta artística Aleah Finnegan revela os bastidores do refeitório dos atletas, que parece uma cantina de escola. “Sinceramente, a comida aqui é boa, mas não é muito temperada”, explica ela.
Lavar a roupa também parece ser uma pista de obstáculos, a acreditar nos atletas, obrigados a voltar para buscar sacolas adicionais em seus quartos para evitar encher demais a sacola.
Outros atletas, no entanto, estão mais entusiasmados. Principalmente na decoração. “Cada equipe pode decorar seu prédio”, comemora Jéssica Fox, campeã de canoagem slalom.
Sem ar-condicionado
Também o ar-condicionado – ou a ausência dele – anda dando o que falar. Tentando se manter fiel à cartilha da sustentabilidade, a prefeita Anne Hidalgo decidiu que não haverá aparelhos em nenhum dos 7 200 quartos. A razão: baixar o consumo de energia durante o torneio e poupar o meio-ambiente.
Insatisfeitas, as autoridades de vários países se queixaram, alegando que o calor poderia afetar o bom sono e a performance dos atletas. Ficou então acordado que cada qual pagará por seu lote de aparelhos – 300 euros a unidade.
“Apreciamos o conceito de não ter ar-condicionado devido à pegada de carbono, mas estes são Jogos de alto desempenho. Não estamos indo a um piquenique”, declarou tom Matt Carroll, CEO do Comitê Olímpico americano.
“Tenho respeito pelo conforto dos atletas, mas penso muito mais na sobrevivência da humanidade”, disse a prefeita de Paris, do partido socialista.
Leia mais: Extrema-esquerda boicota atletas israelenses nas Olimpíadas
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)