Atletas intersexo alvo de polêmicas estão na final do boxe feminino
Tanto Lin quanto Khelif garantiram vagas finais em seus respectivos pesos em meio à tempestade de indignação ao redor delas, longe do ringue
Imane Khelif garantiu vaga na final do boxe feminino até 66 kg após vencer a tailandesa Janjaem Suwannapheng. Lin Yu-ting também tornou-se finalista na categoria até 57 após vencer a turca Esra Yildiz.
Tanto Lin quanto Khelif garantiram vagas finais em seus respectivos pesos em meio à tempestade de indignação ao redor delas, longe do ringue.
A dupla que agora está perto do ouro falhou em dois testes de sexo em 2022 e 2023.
O presidente da Associação Internacional de Boxe continuou a polêmica, chamando Khelif e Lin de “homens”.
Lutadora protesta com símbolo ‘X’
Lin Yu-ting enfrentou mais protestos no ringue após vencer sua luta semifinal. Foi a segunda vez consecutiva que viu uma oponente perdedora fazer o gesto X com as mãos — em referência a cromossomos femininos.
A polêmica do boxe feminino deverá continuar até pelo menos sábado, quando Lin enfrenta Julia Szeremeta da Polônia em sua final.
A oponente turca Esra Yildiz Kahraman atacou agressivamente, mas não conseguiu vencer Lin. Imediatamente após a luta ela gesticulou para a multidão e cruzou os dedos em formato de X, que copiou a oponente búlgara Svetlana Staneva na última luta.
Kahraman, que derrotou a brasileira Jucielen Cerqueira Romeu no domingo, lutou admiravelmente contra Lin. O primeiro sinal de hostilidade depois veio quando Lin recebeu uma recepção fria ao tentar apertar a mão de sua oponente. Enquanto a turca gesticulava para a multidão, ela então juntou as mãos para fazer o gesto.
A boxeadora turca acrescentou: “Gostaria de agradecer a todos que me conhecem ou não, que me procuraram verbalmente ou por escrito e rezaram”.
Competição justa?
As proteções para o esporte feminino têm sido uma das questões mais controversas enfrentadas pelo Comitê Olímpico Internacional na era moderna.
Segundo norma do próprio comitê, em última análise, cabe aos esportes individuais decidir suas regras com base em “ciência robusta e revisada por pares”, com os competidores excluídos quando a pesquisa “demonstra uma vantagem competitiva consistente, injusta e desproporcional e/ou um risco inevitável à segurança dos atletas”.
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