Ativistas do clima picham Castelo de São Jorge, em Lisboa
Ativistas do grupo Climáximo picharam de vermelho, nessa sexta-feira, 27 de setembro, uma fachada do Castelo de São Jorge, em Lisboa, num apelo para que se pare “de normalizar a violência da crise climática”
Ativistas do grupo Climáximo picharam de vermelho, nessa sexta-feira, 27 de setembro, uma fachada do Castelo de São Jorge, em Lisboa, num apelo para que se pare “de normalizar a violência da crise climática” e pedindo uma ação de “resistência em massa” em novembro.
Num comunicado, acompanhado de um vídeo, o movimento relatou ter entrado esta manhã no castelo para pichar uma fachada do edifício histórico e lançar uma faixa com a inscrição “23 Nov, Parar Enquanto Podemos”, numa referência à ação de protesto e reivindicação marcada para a altura em que estarão sendo fechadas as discussões da Conferência das Nações Unidas pelo Clima (COP29) e do Orçamento do Estado (OE) português para 2025.
Os ativistas afirmaram que a crise climática“é um ato deliberado de guerra por parte de governos e empresas contra as pessoas e o planeta”, e que a sociedade tem de parar de normalizar estes “ataques contra a vida” e “resistir contra os culpados”.
Sara Gaspar, militante do Climáximo e porta-voz da ação desta sexta-feira, sublinhou que o verão de 2024 foi o mais quente desde que há registro e lembrou os incêndios rurais que na semana passada atingiram as regiões Norte e Centro de Portugal, com o registro de nove mortes e dezenas de casas destruídas.
Os fogos, lembraram os ativistas, terão efeitos cada vez mais nefastos, assim como os períodos de seca extrema, as tempestades e as ondas de calor, e os culpados, acrescentaram, são os governos e empresas “que decidem manter os seus lucros com a queima de combustíveis fósseis”.
Sara Gaspar, que é biológica, referiu que os castelos são algo que todas as pessoas querem preservar, mas questionou de que servem monumentos históricos se se permite que “a humanidade passe à história”.
“Amanhã o castelo de São Jorge estará restaurado, mas as pessoas mortas e casas destruídas não regressarão. Enquanto não pararmos de consentir e começarmos a mobilizar-nos para desafiar os planos assassinos de governos e empresas, eles vão continuar a matar e causar devastação por todo o lado”, reiterou.
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