Ataque com pagers explosivos foi planejado por anos
Novos detalhes de investigação revelam sofisticação da operação que matou 39 pessoas em Beirute
Israel conduziu uma operação cinematográfica contra o Hezbollah, utilizando pagers equipados com explosivos. As explosões, que ocorreram em setembro de 2024, mataram 39 pessoas e feriram mais de 3.400 em áreas controladas pelo grupo libanês.
A operação, planejada pelo Mossad, envolveu a inserção de explosivos em pagers usados pelos terroristas do Hezbollah. Os dispositivos continham baterias adulteradas, onde uma fina camada de explosivo plástico PETN estava escondida entre células da bateria, tornando impossível sua detecção por raios-X.
Essa inovação tecnológica, aliada à criação de lojas e produtos falsos para vender os pagers ao Hezbollah, garantiu que o grupo adquirisse os dispositivos sem levantar suspeitas.
Embora o ataque tenha sido devastador, os detalhes sobre a preparação e execução da operação só foram revelados recentemente. Uma investigação interna do Hezbollah confirmou que os pagers passaram por scanners de segurança no aeroporto, mas não indicaram qualquer anormalidade.
As baterias, que apresentavam um comportamento de desgaste acelerado, foram notadas pela organização, mas não houve desconfiança quanto ao potencial explosivo.
Segundo fontes de segurança ocidentais, o Mossad orquestrou o ataque como parte de sua campanha contra o Hezbollah, que teria começado a usar pagers após descobrir que suas comunicações por celular estavam comprometidas pela inteligência israelense.
Apesar da destruição, o governo israelense se absteve de confirmar oficialmente sua participação. No entanto, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, elogiou o que chamou de “resultados impressionantes”, uma declaração interpretada como reconhecimento tácito da autoria da operação.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)