As recomendações da OMS para o surto de Mpox
A OMS orienta nações africanas a intensificar vigilância, apoio humanitário e preparação para vacinação contra a Mpox
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta segunda-feira, 19, uma série de diretrizes temporárias voltadas a países que estão lidando com surtos de Mpox, incluindo a República Democrática do Congo, Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda. As recomendações visam fortalecer as respostas locais e nacionais à doença, além de promover a cooperação internacional para controle dos surtos.
Uma das principais orientações da OMS é a necessidade de uma coordenação mais eficiente na resposta à emergência causada pelo Mpox. Isso inclui tanto a gestão local quanto nacional dos surtos, com ênfase no envolvimento de organizações humanitárias.
Essas organizações desempenham um papel crucial no apoio às populações em áreas de crise, como campos de refugiados e regiões marcadas pela insegurança.
Fortalecimento da vigilância da Mpox
A OMS destaca a importância de aprimorar a vigilância da Mpox através da ampliação do acesso a diagnósticos precisos e acessíveis. A detecção correta das diferentes variantes do vírus é fundamental para controlar a propagação da doença.
Para isso, a organização recomenda o fortalecimento da logística de transporte de amostras e a descentralização dos centros de diagnóstico, garantindo que mais regiões possam realizar testes de forma eficiente.
“É essencial identificar, monitorar e apoiar os contatos de pessoas infectadas com Mpox, prevenindo assim a transmissão. Devem ser intensificados os esforços de investigação detalhada de casos e surtos para esclarecer os modos de transmissão e impedir a disseminação para familiares e comunidades”, ressalta a OMS.
A organização também enfatiza a importância de que os casos suspeitos, prováveis e confirmados sejam notificados à OMS de forma tempestiva e regular.
Suporte clínico e psicossocial para pacientes
A OMS recomenda que os países afetados forneçam um suporte abrangente para os pacientes com Mpox, incluindo cuidados clínicos, nutricionais e psicossociais. Em situações que justifiquem, os pacientes devem ser isolados em unidades de saúde, além de serem orientados sobre cuidados domiciliares. Grupos vulneráveis, como pessoas vivendo com HIV, crianças e gestantes, são mencionados como prioritários nas estratégias de atendimento.
Uma outra orientação importante é a necessidade de estabelecer ou reforçar acordos de cooperação para a vigilância e manejo de casos de Mpox em regiões de fronteira. A OMS destaca a importância de fornecer orientações claras a viajantes, sem recorrer a restrições desnecessárias ao fluxo de pessoas e mercadorias.
A preparação para a introdução da vacina contra a Mpox é outra prioridade destacada pela OMS. A entidade sugere que campanhas de vacinação emergenciais sejam direcionadas a grupos de maior risco, como parceiros sexuais de pacientes com a doença, profissionais de saúde e crianças.
A organização ressalta a importância de adaptar rapidamente estratégias de imunização, garantir a disponibilidade de vacinas e envolver ativamente a comunidade para manter a confiança no processo de vacinação.
Combate à Desinformação
A comunicação eficaz com comunidades e profissionais de saúde é essencial para prevenir surtos de Mpox e promover a vacinação, segundo a OMS. A organização recomenda o mapeamento de grupos vulneráveis, a escuta ativa das comunidades e a resposta rápida a informações falsas ou enganosas.
“É fundamental combater o estigma e a discriminação, em qualquer forma, por meio do engajamento significativo das comunidades, especialmente nos serviços de saúde”, destacou a OMS.
Finalmente, a OMS solicita que os países apresentem relatórios trimestrais detalhados sobre a situação local da Mpox e os desafios na implementação das recomendações. Esses relatórios devem ser enviados por meio de ferramentas e canais padronizados, para garantir um monitoramento eficaz e coordenado dos surtos.
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