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As palavras de Putin

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As palavras de Putin
Reprodução/Youtube

Leia a tradução dos principais trechos do pronunciamento em que Putin reconheceu a independência de regiões separatistas da Ucrânia:

Sobre Donbas: “Aqueles que embarcaram numa rota de violência, derramamento de sangue e anarquia não reconhecem nenhuma outra solução para as circunstâncias de Donbas, exceto a militar. Por isso, considero necessário tomar uma decisão há muito adiada e reconhecer imediatamente a independência e soberania da República Popular de Donetsk e da República Popular de Luhansk. (…) E daqueles que tomaram o poder em Kiev, exigimos uma cessação imediata das hostilidades. Caso contrário, toda a responsabilidade pela continuação do derramamento de sangue pesará inteiramente sobre a consciência do regime que governa o território da Ucrânia.”

A origem soviética da Ucrânia moderna: “A Ucrânia moderna foi inteiramente criada pela Rússia, mais precisamente, pela Rússia bolchevique, comunista. Como resultado da política bolchevique, a Ucrânia soviética surgiu, e ainda hoje ela pode ser chamada de “Ucrânia de Vladimir Lenin” (…) Mas agora, descendentes demolem monumentos a Lenin na Ucrânia. É o que eles chamam de descomunização. Vocês querem descomunização? Para nós, está ótimo. Mas por que parar no meio do caminho? Estamos prontos a mostrar o que a verdadeira descomunização significa para a Ucrânia.”

“Jogo sujo” com a Rússia: “A Rússia assumiu a obrigação de sanar todos as dívidas soviéticas em troca de uma parte das divisas estrangeiras dos estados que se tornaram independentes. Esse acordo foi feito em 1994 com a Ucrânia, mas eles nunca o ratificaram. A Ucrânia preferiu agir como se tivesse todos os direitos e vantagens em relação à Rússia, mas nenhuma obrigação.”

O papel da Otan: “Alguns dos estados membros da Otan se mostram bastante céticos em relação ao ingresso da Ucrânia na organização. Ao mesmo tempo, recebemos sinais de capitais europeias dizendo: ‘Não se preocupem, a adesão não vai acontecer amanhã.’ Nossos parceiros americanos também dizem isso. Nossa resposta é: se não amanhã, então depois de amanhã. E qual a mudança de uma perspectiva histórica? Basicamente, nada. (…) Eles tentam nos convencer repetidamente que a Otan é uma aliança puramente defensiva, amante da paz, que ela não representa uma ameaça para a Rússia. Eles pedem que confiemos em suas palavras. Mas nós sabemos o valor real dessas declarações. (…) Se Ucrânia se unir à Otan, teremos uma ameaça direta à segurança da Rússia.”

A Rússia ameaçada: “Claramente entendemos que, dentro deste cenário, o nível de ameaças militares à Rússia crescerá dramaticamente. Presto atenção especial ao fato de que o perigo de um ataque repentino contra nosso país crescerá muitas vezes.Os documentos de planejamento estratégico dos Estados Unidos incluem a possibilidade de um ‘ataque preventivo’ contra sistemas de mísseis inimigos. E quem é o principal inimigo dos Estados Unidos e da Otan? Nós sabemos. É a Rússia. Nos documentos da Otan, nosso país é oficial e diretamente declarado como a principal ameaça à segurança do Atlântico Norte. E a Ucrânia servirá de trampolim para o ataque.”

Sobre sanções:  “Estão tentando nos chantagear de novo. Estão nos ameaçando novamente com sanções, o que, a propósito, acho que eles farão de qualquer maneira, à medida que a soberania da Rússia se fortalece e o poder de nossas forças armadas cresce. Um pretexto para novas sanções sempre pode ser achado ou inventado,  independentemente da situação na Ucrânia. Há apenas um objetivo – restringir o desenvolvimento da Rússia. Eles farão isso, assim como fizeram no passado, ainda que sem um pretexto formal. Só porque existimos e jamais comprometeremos nossa soberania, interesses nacionais e valores. Direi de maneira clara: visto que nossas propostas para um diálogo igualitário ficaram sem resposta dos Estados Unidos e da Otan, visto que o nível de ameaças ao nosso país cresce significativamente, a Rússia tem todo o direito de retaliar, para garantir sua própria segurança. É isto que faremos.”

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