Após denúncias de corrupção, Sánchez diz que não renunciará
Após cinco dias de reflexão, Pedro Sánchez, chefe de Governo da Espanha, filiado ao Partido Socialista Operário Espanhol, confirmou que permanece à frente da Presidência, liderando um Governo altamente questionado, no qual vários membros do seu gabinete e até a sua esposa estão sendo acusados de corrupção. O presidente afirmou que o apoio recebido esta...
Após cinco dias de reflexão, Pedro Sánchez, chefe de Governo da Espanha, filiado ao Partido Socialista Operário Espanhol, confirmou que permanece à frente da Presidência, liderando um Governo altamente questionado, no qual vários membros do seu gabinete e até a sua esposa estão sendo acusados de corrupção.
O presidente afirmou que o apoio recebido esta semana o influenciou na decisão de continuar e pediu uma reflexão coletiva para evitar que “boatos” dominem a política espanhola.
Sánchez havia falado em renúncia depois que um tribunal de Madri abriu investigação sobre sua esposa, Begoña Gómez, após denúncias do grupo Manos Limpias.
Segundo as acusações, ela teria praticado supostos crimes de tráfico de influência e corrupção nos negócios. A Justiça apura as relações da esposa do premiê com empresas privadas que receberam fundos e firmaram contratos públicos com o Executivo.
Em seu discurso nessa segunda-feira, 29 de abril, o socialista atacou duramente a oposição política do país, acusando “a direita e a extrema direita” de executarem políticas vergonhosas.
Vendendo-se como o único líder político que quer lutar pela democracia, ele agradeceu aos membros do Partido Socialista pelo apoio prestado durante os últimos cinco dias.
Nas palavras dele, foram cinco dias de “reflexão” com a família no Palácio da Moncloa. Enfim, decidiu que vai ficar para lutar contra aqueles que, segundo ele, tentaram derrubá-lo com ataques pessoais, boatos e mentiras.
Sánchez pediu que a sociedade espanhola se torne um exemplo e uma inspiração para o mundo. “Agi por uma convicção clara. Ou dizemos basta ou essa degradação da vida pública determinará o nosso futuro, condenando-nos como país”, defendeu.
Ele também pediu o fim dos ataques políticos e midiáticos e clamou ao país para rejeitar coletivamente “essa lama” e que a Espanha “volte a ser um exemplo e uma inspiração para um mundo ferido”.
Em seu perfil no X, como legenda do vídeo de seu discurso, o primeiro-ministro da Espanha escreveu:
“Decidi continuar, se possível com ainda mais força, à frente da Presidência do Governo de Espanha.
Assumo o meu compromisso de trabalhar incansavelmente, com firmeza e serenidade, pela regeneração da nossa democracia e pela promoção dos direitos e liberdades.
Esta decisão não é o fim de tudo. É um ponto à parte.
Eu garanto para você”.
Lula presta solidariedade a Pedro Sánchez
O presidente Lula disse na noite de quinta-feira, 25, que conversou com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, depois que o líder espanhol anunciou que considerava deixar o cargo por causa da abertura de uma investigação por corrupção contra a sua mulher, Begoña Gómez.
“Conversei hoje com Pedro Sánchez para prestar solidariedade à sua liderança e papel por uma Espanha democrática e cada vez mais justa, próspera e humana. Sua força e papel são importantes para o seu país, para a Europa e para o mundo”, escreveu Lula em seu perfil no X (ex-Twitter).
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