O Irã atacou Israel com cerca de 180 mísseis na noite de terça-feira, 1 de outubro. “Os sistemas do exército israelense identificaram aproximadamente 180 mísseis disparados do Irã para o território israelense”, disse o exército. Alarmes foram acionados em todo Israel. De acordo com relatórios de situação, Israel conseguiu interceptar a maioria dos foguetes. O Irã, no entanto, disse ter disparado 200 mísseis.

O crescente desentendimento entre o Presidente norte-americano, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foi posta de lado esta terça-feira, na sequência do maior ataque do Irã contra Israel. Biden e a sua vice-Presidente, Kamala Harris, reafirmaram o apoio “total” e “inabalável” a Israel.

“Não se enganem, os Estados Unidos apoiam totalmente Israel”, disse o presidente na terça-feira no início de uma reunião com autoridades da Casa Branca.

O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse logo após o ataque que ele equivalia a uma “escalada significativa do Irã”. Biden disse que ainda não se sabe quais consequências o Irã enfrentará.

Já a vice-presidente americana e candidata democrata nas eleições presidenciais, Kamala Harris prometeu nesta terça-feira apoio “inabalável” à segurança de Israel. “Garantirei sempre que Israel tenha a capacidade de se defender contra o Irã e as milícias terroristas apoiadas pelo Irã”

Biden disse que estavam em andamento discussões com Israel sobre uma possível resposta ao ataque do Irã. Como poderia ser a resposta ao bombardeio está “sendo ativamente discutido no momento. “Isso ainda está para ser visto”, disse Biden a repórteres na Casa Branca, em Washington, na terça-feira.

Biden disse que sua equipe esteve em contato com a equipe de Netanyahu durante o ataque e que ele próprio falaria com o líder israelense. “Falarei com ele e minha mensagem dependerá do que considerarmos necessário”, disse Biden. “O ataque parece ter sido frustrado e ineficaz, e isto é uma prova das capacidades militares de Israel e do Exército dos EUA.”

De acordo com o Pentágono, o Irã disparou cerca de duas vezes mais mísseis no ataque de terça-feira, 1 de outubro, à noite do que no último ataque de Abril. “O ataque foi aproximadamente duas vezes maior em termos de número de mísseis balísticos disparados”, disse o porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, Pat Ryder, aos repórteres.

O primeiro ataque do Irã, em abril

Em abril, a Guarda Revolucionária do Irã (IRGC) realizou um ataque direto a Israel pela primeira vez na história da República Islâmica. A força aérea do IRGC disparou mais de 300 drones, foguetes e mísseis de cruzeiro contra o seu arquiinimigo. O ataque foi repelido com sucesso. O Irã estava reagindo ao assassinato de generais de alta patente que morreram num suposto ataque israelense na Síria.

Os serviços militares e secretos de Israel enfraqueceram recentemente significativamente os aliados do Irã na região. No final de Julho, por exemplo, o chefe estrangeiro do grupo terrorista islâmico Hamas foi morto em Teerã. A liderança do Irã jurou então vingança.

Na sexta-feira passada, Hassan Nasrallah, chefe da organização xiita libanesa Hezbollah, outro aliado importante de Teerã, foi morto. Anteriormente, a explosão de receptores de rádio, os chamados pagers, feriu centenas de funcionários do Hezbollah e matou vários. Desde então, não está claro se e como a liderança militar iraniana irá responder.