Ameripol faz reunião para definir de estratégias contra o crime no Equador
Em reunião virtual a Ameripol, Comunidade de Polícias da América, definiu propostas de cooperação policial entre os países membros para ajudar na crise de violência do Equador.
Em reunião virtual a Ameripol, Comunidade de Polícias da América, definiu propostas de cooperação policial entre os países membros para ajudar na crise de violência do Equador.
Participaram do encontro 20 instituições policiais de 16 diferentes países. O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, convocou o evento e estiveram presentes representantes do Ministério das Relações Exteriores e da Assessoria Especial da Presidência da República do Brasil.
As propostas definidas durante a reunião englobam o intercâmbio de informações de inteligência para o enfrentamento ao crime organizado e a disponibilização de equipamentos de inteligência. Foi declarado apoio na identificação de presos do sistema penitenciário equatoriano e oferecimento de cursos de descapitalização do crime organizado, adotando a doutrina da Polícia Federal. Os países membros da Ameripol têm até este sábado, 13, para encaminhar suas propostas de cooperação à Secretaria-Geral do organismo.
Conversações sobre atuação da Polícia Federal no Equador
Outro ponto de discussão na agenda foi a criação de uma adidância da PF no Equador, um escritório da instituição no país sul-americano. Atualmente, Equador e Venezuela são os únicos países da América do Sul onde não há adidâncias.
A PF não atua como polícia judiciária no exterior, mas pode propor medidas multilaterais para solucionar crimes. O Equador conta com um policial trabalhando no Centro de Cooperação Policial Internacional, situado no Rio de Janeiro.
Reconhecimento internacional da rede de polícias do continente
A Ameripol existe desde 2007 e ganhou reconhecimento internacional no final do ano passado. O “Tratado de Brasília” foi assinado, junto a outras nações, pelo ministro Flávio Dino, da Justiça. Atualmente, a comunidade é dedicada ao intercâmbio de informações policiais e à realização de operações conjuntas. Com sede em Bogotá, na Colômbia, a organização tem em sua composição 36 forças policiais de 30 países do continente americano, além de 31 membros observadores, contribuindo significativamente para o enfrentamento aos crimes transnacionais.
Onda de violência no Equador
O Equador tem vivido dias marcados pelo pânico e terror desde que o governo anunciou a fuga do líder da principal quadrilha do país, Adolfo Macías, conhecido como Fito.
O presidente Daniel Noboa decretou um estado de exceção e determinou ações para neutralizar 22 grupos que agora são considerados terroristas. Além disso, foi estabelecido um toque de recolher que proíbe a população equatoriana de sair de casa das 23h às 5h pelos próximos dois meses.
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