Americano é condenado por financiar terrorismo via criptomoedas
Mohammed Chhipa levantou mais de US$ 185 mil para o Estado Islâmico. Ele pode pegar até 100 anos de prisão
Um homem da Virgínia, nos Estados Unidos, foi condenado por apoiar financeiramente o Estado Islâmico (ISIS), segundo o Departamento de Justiça dos EUA.
Mohammed Azharuddin Chhipa, de Springfield, foi considerado culpado por levantar e transferir fundos para membros do ISIS na Síria, com o objetivo de financiar fugas de prisioneiros e sustentar combatentes da organização terrorista.
Chhipa utilizava redes sociais para arrecadar dinheiro, que depois era convertido em criptomoedas e enviado para a Turquia. De lá, os valores eram repassados clandestinamente para membros do ISIS em território sírio. Ao todo, o condenado teria movimentado mais de US$ 185 mil em criptomoedas.
Rede internacional de apoio ao terror
A investigação apontou que Chhipa tinha o apoio de uma integrante britânica do ISIS, residente na Síria, envolvida em ações para libertar prisioneiros e financiar ataques terroristas. Segundo as autoridades, a operação de Chhipa incluía arrecadações de fundos online, uma prática que tem crescido entre grupos terroristas devido à dificuldade de rastreamento financeiro no ambiente digital.
O júri o considerou culpado de cinco acusações, incluindo conspiração e fornecimento de apoio material a uma organização terrorista estrangeira. Cada acusação pode acarretar uma pena de até 20 anos de prisão, com a sentença marcada para 5 de maio de 2025.
O uso de criptomoedas no terrorismo
O caso de Chhipa reflete um problema crescente: o uso de criptomoedas para financiar atividades terroristas. Apesar de serem promovidas como seguras e descentralizadas, essas moedas têm sido exploradas por organizações criminosas devido à dificuldade em rastrear suas transações.
O FBI, que conduziu a investigação, destacou que casos como este demonstram a importância de fortalecer as ferramentas de monitoramento financeiro. “Estamos empenhados em desmantelar essas redes que utilizam tecnologia para financiar o terrorismo”, declarou um porta-voz.
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