O Iraque emitiu um forte alerta contra o Governo dos Estados Unidos na noite desta quarta-feira (7) após um ataque aéreo em Bagdá que resultou na morte de um comandante sênior da milícia pró-Irã Kataib Hezbollah.

O descontentamento oficial se torna público

O Comando de Operação Conjunta do Iraque manifestou-se duramente contra esta ação, que considera como uma “nova agressão dos Estados Unidos”. Segundo informações divulgadas pelo porta-voz Tahseen Al Khafaji, a medida adotada pelos EUA agiu para “minar todos os entendimentos”, pondo em risco as relações entre os dois países.

Violando a soberania do Iraque

Além disso, o porta-voz reafirmou a posição oficial do país no que respeita à primeira série de ataques dos EUA no Iraque, realizados na sexta-feira (2), em resposta à morte de três soldados americanos na Jordânia. Segundo Al Khafaji, tais atos configuram-se como “violação da soberania iraquiana”.

Uma milícia com grande influência

O Kataib Hezbollah é considerado o grupo mais influente dentro da milícia apoiada pelo Irã no Iraque e faz parte de um coletivo de grupos armados financiados pelos iranianos, conhecidos como Forças de Mobilização Popular. Esses grupos, em grande parte milícias xiitas, desempenham uma função primordial na manutenção da segurança do país.

Iraque entre a luta e a precaução

No entanto, poucos dias após a morte dos três soldados americanos em território jordaniano, no dia 28 de janeiro, o Kataib Hezbollah anunciou que estava suspendendo as suas operações militares contra as forças norte-americanas. Este fato foi interpretado como um sinal de que o grupo temia uma reação dos EUA, não apenas contra si mas possivelmente contra outros grupos armados, e até mesmo o Irã, em resposta às mortes norte-americanas.