O chefe da Defesa Alemã renovou as forças armadas para se preparar para a guerra. O objetivo é tornar as forças armadas alemãs mais eficientes à medida que se preparam para o desafio colocado por uma Rússia agressiva.

O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, anunciou na quinta-feira, 04 de abril, uma reformulação das forças armadas do país para torná-las aptas para travar uma guerra.

O objetivo é “reestruturar a Bundeswehr de tal forma que esteja perfeitamente posicionada mesmo em caso de emergência, em caso de defesa, em caso de guerra”, disse ele ao fazer o anúncio.

As novas forças armadas alemãs serão organizadas em quatro ramos – o tradicional exército, marinha e força aérea, bem como um novo ramo cibernético e espacial de informação. Haverá também comandos operacionais e de apoio.

O novo ramo cibernético será responsável por lidar com ameaças híbridas, bem como com tarefas táticas, como a guerra eletrônica.

O objetivo é tornar as forças armadas alemãs mais eficientes à medida que se livram de décadas de baixos gastos e se preparam para o desafio colocado por uma Rússia agressiva.

“Desde que a Rússia questionou a ordem de paz europeia, surgiu uma situação de ameaça especial para a Alemanha e os seus aliados”, afirmou o comunicado do Ministério da Defesa alemão.

Pistorius disse esperar que as mudanças sejam implantadas nos próximos meses.

O ministro disse ainda: “Consideramos a reintrodução do serviço militar obrigatório”, embora isso não seja algo que esteja atualmente em preparação.

A Bundeswehr alemã tem tido dificuldade em atrair recrutas. Tem 181 mil funcionários e pretende chegar a 203 mil soldados até 2031.

Os quatro ramos das forças armadas operarão sob o novo comando central, combinando duas estruturas anteriormente separadas para destacamentos nacionais e estrangeiros. Este comando central pretende permitir a rápida tomada de decisões, eliminar sobreposições e também funcionar como um ponto de contacto unificado para a Otan.

Pistorius disse repetidamente que os militares alemães devem estar “prontos para a guerra” em resposta às ameaças da Rússia.

“Estou convencido de que é uma das poucas palavras que realmente descreve corretamente o imperativo aqui“, disse ele aos repórteres em Berlim. “Respeito o facto de outros terem dificuldades com a palavra, mas também observo que a maioria dos que o fazem não tem problemas com a substância por detrás dela.”