Abstenção nas eleições em Portugal chega a aproximadamente 50%
A votação encerrou às 19h (horário local) em Portugal Continental e na Madeira, fechando uma hora depois nos Açores, devido à diferença horária
As eleições em Portugal devem ter um índice de abstenção de aproximadamente 50%, conforme as primeiras projeções locais. A expectativa, segundo a imprensa local, é que entre 32% e 46,5% dos eleitores deixem de comparecer às urnas. Hoje, o país tem 10,8 milhões de eleitores aptos a votar.
A votação encerrou às 19h (horário local) em Portugal Continental e na Madeira, fechando uma hora depois nos Açores, devido à diferença horária.
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI), até às 16h (horário local), haviam votado 51,96% dos eleitores, uma percentagem superior à das últimas legislativas, realizadas em 30 de janeiro de 2022, quando o comparecimento média às urnas à mesma hora se estimava em 45,66%.
No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais – 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e fora da Europa.
A eleição, que acontece dois anos antes do previsto, foi desencadeada pela renúncia do primeiro-ministro socialista António Costa em meio a uma investigação de corrupção há quatro meses. O pleito coloca em confronto os dois partidos que se alternam no poder desde o fim de uma ditadura fascista há cinco décadas, o Partido Socialista (PS) e o Partido Social Democrata (PSD).
Portugal foi às urnas, neste domingo, 10, escolher um novo parlamento. Sabe-se que o legislativo português, principal poder do país, deverá ser bem diferente daquele, onde os socialistas tinham a maioria. Só não é sabido o quanto.
A pesquisa mais recente, divulgada pelo jornal português Público, mostra que a Aliança Democrática, coalizão de três partidos de direita comandados pelo Partido Social Democrata (PSD), deve ter a maior bancada no parlamento. A legenda teria 34% das intenções de voto, contra 28% da coalizão de esquerda, comandada pelo Partido Socialista (PS).
Com isso, o cálculo passa a contar as coalizões com partidos menores. Assim, a esquerda passa à frente, já que Partido Socialista, Bloco de Esquerda, Coligação Democrática Unitária (CDU) e Livre teriam 41% das intenções de voto, ante 40% da união da AD com a Iniciativa Liberal.
A pesquisa projeta a AD com uma margem entre 88 a 98 cadeiras, ante 70-80 do Partido Socialista — o que não garante a supermaioria das legendas. Pelas regras portuguesas de composição partidária, a intenção de voto pode não se refletir integralmente em cadeiras no parlamento. Com isso, se o PSD concentrar seus votos em poucos distritos de grande população, terá a maior fatia dos votos — mas menos cadeiras.
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