Aborto e imigração dominam debate de vices
Vice-candidatos discutem políticas de fronteira e aborto com fortes críticas mútuas
O único debate entre os candidatos à vice-presidência dos Estados Unidos, JD Vance e Tim Walz, ocorreu nesta terça-feira, 1, em Nova York. Abordando temas como imigração, aborto e segurança nacional, os dois candidatos reforçaram as posições de suas campanhas a menos de cinco semanas das eleições.
O tema do aborto gerou grande tensão. Vance, senador republicano por Ohio, criticou a postura permissiva dos democratas, destacando que o Partido Republicano precisa reconquistar a confiança dos eleitores nessa questão. Ele defendeu uma abordagem mais ampla de apoio às famílias, incluindo tratamentos de fertilidade e facilitação de acesso à moradia para novos pais. Vance afirmou que é necessário fazer mais pelos americanos, mas sem adotar políticas que legalizem a morte de bebês não nascidos.
Em resposta, Walz afirmou que o que sua gestão fez foi restaurar as proteções de Roe v. Wade, colocando “as mulheres no controle de sua saúde”. Ele chegou a classificar o aborto como um “direito humano básico”, o que provocou reações divergentes do público.
Na imigração, Vance criticou duramente a vice-presidente Kamala Harris, responsável pela política de fronteiras, e afirmou que a falta de controle na fronteira sul resultou em um aumento da criminalidade. “Algumas dessas crianças estão sendo usadas para tráfico de drogas e sexual”, disse Vance, acusando a atual administração de incompetência.
Walz rebateu, defendendo o trabalho de Kamala Harris no combate ao tráfico quando era procuradora-geral da Califórnia e acusando Trump de não querer resolver o problema, pois isso retiraria um importante tema de campanha.
No cenário internacional, o ataque do Irã a Israel também foi tema de destaque. Vance enfatizou que os Estados Unidos devem apoiar Israel em sua defesa, inclusive com ataques preventivos, se necessário. Walz, por sua vez, criticou a decisão de Trump de retirar os EUA do Acordo Nuclear com o Irã, afirmando que isso apenas aproximou o regime iraniano de desenvolver uma arma nuclear.
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