“A resposta idiota da Jaguar tornou seu desastre de relações públicas ainda pior”
Michael Deacon, colunista britânico, critica a campanha da Jaguar e aponta seus erros estratégicos na comunicação
Michael Deacon, colunista do The Telegraph, publicou nesta terça, 26, artigo intitulado “A resposta idiota da Jaguar a Nigel Farage tornou seu desastre de relações públicas ainda pior”. No texto, ele critica a nova campanha publicitária da Jaguar e a estratégia de comunicação adotada pela marca ao responder aos comentários de Nigel Farage, deputado recém eleito e ex-líder do UKIP.
Deacon começa com uma observação satírica: “Quando vi o novo e terrível anúncio da Jaguar […] pensei que fosse algum tipo de truque astuto”, comparando a abordagem ao artifício usado em quadrinhos infantis para gerar publicidade.
No entanto, ele percebeu que a rebranding da marca era genuína, especialmente após declarações do diretor-gerente da Jaguar, Rawdon Glover, que justificou a mudança dizendo: “A idade média do cliente da Jaguar é bastante avançada e está envelhecendo. Precisamos acessar um público completamente diferente”.
Segundo o autor, a tentativa de conquistar consumidores jovens com valores progressistas não se alinha com a realidade econômica: “Estamos constantemente sendo informados de que os jovens mal conseguem pagar o aluguel […] então como vão comprar carros de luxo que devem custar cerca de 100 mil libras cada?”. Deacon critica a decisão de afastar a base tradicional de clientes, que ainda é quem pode pagar os produtos da marca, em vez de criar algo que a fidelize.
O colunista também ridiculariza o tom do comercial, que celebra a coragem de “ser ousado e diferente”, enquanto segue fórmulas publicitárias genéricas. “Se a Jaguar realmente quisesse ser ousada […] deveria simplesmente ter apresentado um homem branco heterossexual de 60 anos. Poderiam até ter convidado Nigel Farage”, ironiza.
Quem é Michael Deacon
Michael Deacon é colunista e editor britânico, conhecido por suas críticas incisivas e humor mordaz. Ele escreve regularmente para o The Telegraph, abordando temas políticos e culturais. Sua coluna, Way of the World, é publicada às terças e sábados, sempre com uma visão crítica sobre os absurdos do mundo contemporâneo.
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