Na manhã de 20 de abril de 1999, a tranquilidade de uma escola suburbana em Columbine, Colorado, foi brutalmente interrompida por um massacre que marcaria profundamente a história americana. Dois estudantes, armados com espingardas e armas semiautomáticas, dispararam contra colegas e professores, deixando 13 mortos antes de tirarem suas próprias vidas.

Esse ato violento, ocorrido apenas três semanas antes da formatura, não só chocou a nação na época, mas também inaugurou uma triste realidade que infelizmente se tornaria mais frequente nos anos subsequentes. Nas décadas seguintes, o termo “attacke a tiros em escola” se consolidaria como uma categoria macabra de assassinato em massa nos Estados Unidos.

Uma timeline trágica de violência

Antes de Columbine, já existiam precedentes horríveis, como o tiroteio na Universidade do Texas em 1966 e o massacre no McDonald’s em San Ysidro em 1984. Porém, foi o massacre em Columbine que se eternizou na consciência coletiva americana, abrindo precedentes para ataques ainda mais letais como os ocorridos na Virginia Tech University em 2007, na Sandy Hook Elementary School em 2012 e mais recentemente na Stoneman Douglas High School em 2018 e na Robb Elementary em 2022.

De acordo com o Gun Violence Archive, um grupo sem fins lucrativos que registra a violência armada nos EUA, em 2023 foram reportados 656 ataques a tiros em massa, mostrando um aumento comparado aos 646 em 2022 e 689 em 2021. Um ataque a tiros em massa é definido pelo grupo como um evento onde quatro ou mais pessoas são feridas ou mortas, excluindo o atirador.

As consequências a longo prazo de Columbine

O impacto de Columbine foi tal que transformou radicalmente as políticas de segurança nas escolas americanas. Hoje, é comum que distritos escolares realizem exercícios de ataques ativos e treinamentos sobre como reagir diante de uma ameaça. A própria Columbine High School passou por uma grande renovação e poucas das pessoas presentes no dia do massacre ainda trabalham lá, com a maioria dos alunos atuais tendo nascido após o evento.

Apesar das mudanças nas políticas de segurança, os tiroteios em escolas continuam a ser uma realidade dolorosa nos Estados Unidos, levantando questões críticas sobre controle de armas e saúde mental.

Olhando para o futuro

Enquanto a nação continua lutando com esta forma perturbadora de violência, o aniversário de 25 anos do massacre de Columbine serve como um momento para reflexão sobre o que foi aprendido e o que ainda precisa ser feito para proteger os estudantes. É crucial que continuemos a dialogar e a implementar medidas efetivas para prevenir que tais tragédias se repitam.