14 países e União Europeia condenam violência na Cisjordânia
Países europeus manifestaram “profunda preocupação face ao número sem precedentes de ataques perpetrados por colonos extremistas contra os palestinos na Cisjordânia’.
Em comunicado conjunto, países europeus apelaram a Israel por medidas que garantam a segurança dos palestinos na Cisjordânia.
O comunicado de imprensa conjunto foi assinado em 15 de dezembro pelos Ministérios dos Negócios Estrangeiros de França, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Irlanda, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Espanha, Suécia, Suíça, Reino Unido e União Europeia.
Os países supracitados manifestaram “profunda preocupação face ao número sem precedentes de ataques perpetrados por colonos extremistas contra os palestinos na Cisjordânia’.
Os signatários afirmam que “desde o início de outubro, os colonos levaram a cabo mais de 343 ataques violentos, durante os quais oito civis palestinos foram mortos, mais de 83 ficaram feridos e mais de 1.026 foram forçados a abandonar as suas casas”.
Ao condenarem a violência cometida por colonos israelenses, reiteraram a posição política contrária à situação, recordando sua ilegalidade à luz do direito internacional e instando Israel a seguir suas obrigações, em particular o artigo 49.º da Quarta Convenção de Genebra que versa sobre deportações, transferências e evacuações.
Segundo o referido artigo, as transferências forçadas, em massa ou individuais, são proibidas, embora a potência ocupante possa proceder à evacuação total ou parcial de uma determinada região ocupada se a segurança da população estiver em risco ou se razões militares imperativas assim o exigirem. Além disso, a potência ocupante não poderá proceder à deportação ou transferência de parte da sua própria população civil para o território por ela ocupado.
O comunicado conjunto afirma que “o aumento da violência cometida por colonos extremistas contra os palestinos é inaceitável” e que “o fracasso de Israel em proteger os palestinos e em processar os colonos extremistas conduziu a um ambiente de impunidade quase total”
Para os países europeus que assinam o documento, “Israel, como potência ocupante, deve proteger os civis palestinos na Cisjordânia. Os responsáveis por esta violência devem ser levados à justiça”.
Apensar das críticas, a declaração conjunta “saúda a declaração do Primeiro-Ministro Netanyahu de 9 de Novembro sobre este assunto, na qual indicou que seriam tomadas medidas contra os autores da violência” reforçando que “devem agora ser implementadas medidas proativas para garantir a proteção eficaz e imediata das comunidades palestinas”.
E conclui: “as palavras são importantes, mas agora devem ser traduzidas em ações”.
Leia aqui a íntegra do documento
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