O Comentarista: Os 28 erros de ‘Democracia em Vertigem’
O autodenominado 'documentário' Democracia em Vertigem estreou nesta quarta (19) na Netflix. Trata-se de mais uma peça de propaganda na ampla e sofisticada campanha internacional do PT para enganar gringos a respeito do impeachment de Dilma e da prisão de Lula...
O autodenominado ‘documentário’ Democracia em Vertigem estreou nesta quarta (19) na Netflix.
Trata-se de mais uma peça de propaganda na ampla e sofisticada campanha internacional do PT para enganar gringos a respeito do impeachment de Dilma e da prisão de Lula.
Para que você não precise ter o desgosto de assistir, O Comentarista mostra os erros, omissões e até algumas revelações do ‘documentário’.
Confira um trecho com os primeiros 8 dos 28 problemas:
1. O sindicato
O filme abre com imagens gravadas no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em abril de 2018.
Fica claro por que Lula desafiou por duas noites seguidas a ordem de prisão: para gravar imagens bonitas para esquerdistas gringos.
2. Autocontradição
Nesta parte, a narradora resume a história do Brasil em poucas frases. Diz que a democracia voltou após 21 anos de ditadura, omitindo o papel de Dilma Rousseff, que atuou para transformar a ditadura de direita em ditadura de esquerda. Depois, diz: “aqui estamos, com uma presidente destituída, um ex-presidente preso e o país avançando rapidamente ao seu passado autoritário”.
Na verdade, Dilma foi demitida por um mecanismo democrático, o impeachment; e Lula está preso pelo fato de que cometeu crimes. Nos países ditatoriais, aí sim, é inconcebível derrubar líderes ou prendê-los, exceto pela violência.
3. Omissão
Lula aparece liderando as greves do ABC.
A autora omite o depoimento de Romeu Tuma Jr., que contou que Lula era um agente duplo, que passava informações privilegiadas ao delegado Romeu Tuma sobre movimentações dos sindicalistas e fazia o jogo das montadoras.
Também omitiu o relato de Emílio Odebrecht, que contou em delação premiada que Lula, já no fim dos anos 70, o ajudou a “ter uma relação diferenciada com os sindicatos”.
4. Pavor inexistente
Sem citar nenhuma fonte, Petra Costa diz se lembrar do medo de “não deixarem Lula tomar posse”.
Na verdade, FHC coordenou um amplo processo de transição, inclusive lançando esforços para que Lula visitasse George W. Bush antes mesmo da posse. A história é contada com detalhes no livro 18 Dias, de Matias Spektor. A visita de Lula à Casa Branca ajudou a acalmar os mercados.
Foi nessa ocasião que Lula usou um broche do PT para encontrar Bush. O americano estranhou, pensando que o novo líder usaria a bandeira do Brasil.
5. Passividade
Lula toma posse e “em pouco tempo estoura o mensalão”, diz a narradora. “Seu partido é acusado de comprar votos”.
O texto está na voz passiva (é acusado). O PT não parece ter feito nada. E Roberto Jefferson não aparece. Nem Joaquim Barbosa. Ou Delúbio Soares.
6. Confusão
“Cotados para sucessores de Lula, os ministros Dirceu e Palocci renunciam”, diz o texto. É uma contração enganosa. Dirceu saiu do governo em junho de 2005; Palocci, apenas em março de 2006.
Palocci saiu por causa do caso Francenildo. Mas Petra Costa, que entrevistou algumas pessoas comuns e humildes para seu filme, não ouviu o caseiro.
7. Tragédia grega
“A descoberta do pré-sal logo se revelaria uma maldição”, diz a narradora. Novamente, o PT é sujeito passivo das circunstâncias, em vez de autor da praga.
8. Uma simples eleição
Petra e outros petistas celebram na Avenida Paulista a eleição de Dilma em 2010.
Tudo indica ter sido uma eleição tranquila: Erenice Guerra não é citada.
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