O Comentarista: a narrativa da Odebrecht
O grupo Odebrecht entrou com o maior pedido de recuperação judicial da história do Brasil. Nesta edição, O Comentarista mostra como toda uma narrativa é trabalhada para que a marca seja vista como vítima da Lava Jato. Confira um trecho...
O grupo Odebrecht entrou com o maior pedido de recuperação judicial da história do Brasil. Nesta edição, O Comentarista mostra como toda uma narrativa é trabalhada para que a marca seja vista como vítima da Lava Jato.
Confira um trecho:
É verdade que a Odebrecht já viveu dias mais intensos. Mas é também verdade que a marca segue nas manchetes mais negativas do noticiário brasileiro e internacional.
Só nos últimos dois meses, O Antagonista registrou que uma transportadora que operava para a empreiteira realizara “187 entregas de dinheiro a políticos, marqueteiros e agentes públicos“, que o México proibiu uma subsidiária de participar de licitações em obras públicas, que a 61ª fase da Lava Jato teve por foco um banco que atendia o departamento de propinas da construtora, e que o doleiro apontado como operador do presidente do Corinthians recebeu repasses desse departamento.
O desgaste é tamanho que Marcelo Odebrecht não quer saber do pai nem mesmo quando Emílio Odebrecht enfrenta um procedimento cirúrgico no coração.
– Lavou, tá novo
Esforços não são poupados para que o estrago seja revertido. Começando pela marca, que mudou de cor, fonte e formato, e sufocou o sobrenome da família na legenda de OEC – sigla para Odebrecht Engenharia & Construção.
A empreiteira responde por 68% – mais de R$ 535 milhões – das multas pagas ao STF por força da operação Lava Jato. A União também tem sido ressarcida: da parte de apenas cinco executivos, foi reembolsada em R$ 16 milhões.
Em paralelo, a Odebrecht tem aos poucos voltado a atuar politicamente, como quando fez pressão para que adiassem o depoimento de Marcelo à CPI do BNDES. Para o segundo semestre, já miram licitações da Petrobras.
– Reeducação financeira
Financeiramente, no entanto, a Odebrecht segue em situação grave. As dívidas acumulam R$ 80 bilhões. Só o braço sucroalcooleiro devia R$ 12 bilhões, vindo a entrar com um pedido de recuperação judicial no final de maio.
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