Elevador para bicicletas em empreendimentos de alto padrão
Bicicletário é pouco. Elevador exclusivo e serviços de manutenção já começam a fazem parte do cardápio

Bicicletas são meios de transporte ecologicamente corretos, fazem parte de um estilo fitness de vida, e possuem cada vez mais adeptos em São Paulo. Calcula-se que exista uma bike para cada dois habitantes da cidade.
E, embora a grande maioria só as tire da garagem para passeios no final de semana, um número cada vez maior de pessoas decide optar por usá-las para ir ao trabalho, transformando o tempo de ida e volta do escritório em um tempo de atividade física.
Por conta disso, os empreendimentos imobiliários de alto padrão – sejam residenciais ou comerciais – estão investindo cada vez mais em espaços para as bikes, incluindo comodidades e serviços.
Afinal, o maior crescimento no uso desse veículo para o trabalho é justamente nas regiões mais valorizadas da cidade.

Estudo
Um estudo da Cushman & Wakefield sobre mobilidade urbana, avaliando os 196 edifícios enquadrados em sua classificação como padrão A ou A+, identificou que 88% deles estão a menos de 250 metros de uma ciclovia, ciclorrota ou ciclofaixa, e 67% deles possuem bicicletários.
Desde 2013 esse tipo de equipamento é obrigatório para os projetos de prédios lançados em São Paulo, mas nos empreendimentos de alto padrão a diferença é que as instalações estão indo além do que é exigido por lei (ela determina simplesmente um espaço mínimo, e que as vagas para bicicletas equivalham a 10% do número de vagas reservadas para automóveis).
Além disso, prédios construídos antes da exigência também estão se adaptando para receber melhor os ciclistas.
Faz sentido. Quando se pensa em um mercado com clientes de alto poder aquisitivo, onde uma bike pode custar 140 mil reais, mais do que muitos carros, passa a ser uma boa ideia pensar em espaço suficiente para que cada usuário pare a sua com tranquilidade, sem empilhamento, e eventualmente tenha equipamentos (e até serviços) para manutenção.

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Elevador para bicicletas
Para atender esse público, por exemplo, o edifício Pátio Victor Malzoni, que além de ser a maior laje corporativa do país é um dos mais famosos da avenida Faria Lima, abriu ano passado um novo bicicletário de 356 vagas, com direito a serviços de manutenção e vestiários equipados com chuveiros para quem chega da rua.
Além disso, disponibilizou um serviço de bicicletas elétricas da Lev, para locação exclusiva dos funcionários das empresas que ocupam o prédio. Já o São Paulo Corporate Towers , na avenida Juscelino Kubitschek, reformou seu bicicletário, criando um estacionamento rotativo – para quem chega ou sai apenas para uma reunião, por exemplo – e um espaço vip, para quem quer usar a vaga por longos períodos.
O shopping Market Place, na avenida Chucri Zaidan, também investiu na qualidade do espaço – batizado de Bike Station – que possui entrada exclusiva com elevador para bicicletas e patinetes, além de lockers e vestiários.
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