Titi se emociona ao falar do atentado ao ônibus do Fortaleza: “Queriam nos matar”
Após o ataque, o zagueiro precisou passar por um procedimento cirúrgico para remover fragmentos de vidro e resíduos de uma bomba caseira da panturrilha.
O zagueiro do Fortaleza, Titi, se emocionou durante uma entrevista concedida ao programa Seleção Sportv nessa terça-feira, 27, ao falar do atentado sofrido pelos jogadores do Leão em Recife, após um jogo contra o Sport pela Copa do Nordeste.
Marginais travestidos de torcedores do Sport, atacaram com pedras, bombas e rojões o ônibus do clube.
Após o incidente, Titi precisou passar por um procedimento cirúrgico para remover fragmentos de vidro e resíduos de uma bomba caseira da panturrilha.
A previsão inicial é que o zagueiro do tricolor fique pelo menos três semanas em recuperação.
Tite fala sobre o atentado ao ônibus do Fortaleza
Durante a entrevista Titi se emocionou e disse que:
“Foi uma tocaia. Eles estavam exatamente cientes do que estavam fazendo e o que queriam: tirar nossas vidas. Há um clima de muita tristeza no time. Todos os jogadores estão desolados, abalados com o que vivemos. E somente nós sabemos pelo que passamos – eram jogadores chorando, gritando, havia sangue por todo o ônibus, porém, no dia seguinte, o jogo aconteceu.”
O zagueiro prosseguiu seu relato emocionado:
“Se nós não tomarmos alguma decisão… Se decidirmos parar enquanto houver violência, a bola não rola. Talvez essa seja a maior tristeza”.
Investigação do atentado
Os seis feridos, incluindo Titi, Brítez, João Ricardo, Sasha, Dudu e Escobar, estão recebendo acompanhamento pelo departamento médico do clube.
A Polícia Civil de Pernambuco informou que chegou a um suspeito que confessou participação no atentado ao ônibus do Fortaleza.
Ele é maior de idade, foi ouvido e liberado em seguida, pois não houve flagrante. A investigação ainda continua.
Agradecimento a Deus
Titi agradeceu a Deus ao relembrar do incidente:
“Vi agora as imagens e o que me vem à cabeça é sentimento de gratidão a Deus. Foi um milagre. O Vojvoda [o técnico] foi muito preciso em suas palavras ao dizer que, naqueles cinco segundos, no topo do ônibus, esperávamos encontrar algum atleta morto”.
Titi também hipotetizou a perspectiva de seu retorno ao campo:
“Eu vou me recuperar, voltar a jogar, mas o grau de maldade que se encontra na sociedade me deixa muito triste”.
O jogador também clamou por justiça e mudanças necessárias para evitar futuros incidentes violentos:
“O que me deixa triste é a impunidade.”
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