Times brasileiros são os que mais jogam no mundo
Dezesseis dos dezessete times que encararam mais de 60 partidas em 2023 são brasucas.
O ano de 2023 colocou os clubes brasileiros na liderança mundial entre os times que jogam partidas oficiais no ano, uma situação que, apesar de destacar a paixão nacional pelo futebol, levanta importantes questões sobre o bem-estar dos atletas e qualidade dos jogos.
Os números são do “espião estatístico” do portal ge.
Segundo os números apresentados, 16 dos 17 times que encararam mais de 60 confrontos em campo são brasucas, com destaque total para os 20 clubes da primeira divisão, que figuram entre os 60 mais sobrecarregados entre 267 clubes de 13 ligas analisadas.
Esse intenso calendário se revela não só um teste de resistência, mas também uma ameaça à integridade física dos jogadores.
Times brasileiros são que mais jogam no ano
O levantamento realizado pela equipe do Espião Estatístico durante as temporadas de 2023 no Brasil e 2023/2024 na Europa, revela um desequilíbrio impressionante.
Por exemplo, o Fortaleza, sob a direção de Juan Pablo Vojvoda, teve 78 jogos em apenas 326 dias.
Isso representa uma média de uma partida a cada quatro dias, um ritmo desgastante que sobrepõe as competições locais e continentais.
Impacto na saúde dos atletas
As consequências deste calendário estão refletidas diretamente nos departamentos médicos dos clubes.
Um estudo sobre as baixas médicas em 2023 mostrou que, dos clubes com mais de 70 jogos no ano, seis estavam entre os que mais sofreram com lesões.
Isso não apenas compromete a performance em campo, mas também a carreira dos jogadores a longo prazo.
Economistas do esporte e médicos do esporte têm pautado a necessidade de reajustes no calendário.
Existem soluções viáveis?
Em janeiro de 2024, Irlan Simões, relevante jornalista e pesquisador de futebol, propôs em seu blog no ge uma redução significativa na carga de jogos.
Ele sugere, por exemplo, que o Campeonato Carioca limitasse sua duração, fazendo com que grandes times como Flamengo, Fluminense e Botafogo participassem de, no máximo, seis partidas, considerando que em 2023, jogaram até 15 vezes.
A discussão envolve não apenas a redução de jogos, mas também a possibilidade de reestruturar as competições para distribuir mais uniformemente as partidas ao longo do ano.
Essas mudanças visam garantir uma competição mais justa e, sobretudo, preservar a saúde dos atletas.
Com a palavra, os organizadores do futebol brasileiro, cabe a eles a adoção de tais medidas para aperfeiçoar o futebol nacional em todos os seus aspectos.
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