Sport é condenado pelo STJD por ataque de torcida ao ônibus do Fortaleza
Membros de uma torcida organizada do Sport atacaram o ônibus do Fortaleza com bombas e pedras, deixando seis jogadores feridos
A Segunda Comissão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) anunciou na última terça-feira (12) a punição ao Sport Club do Recife pelo atentado ao ônibus da delegação do Fortaleza Esporte Clube.
O clube foi condenado a jogar oito partidas sem torcida como mandante em competições organizadas pela CBF, além de receber uma multa no valor de R$ 80 mil.
Durante o período da punição, o Sport também não poderá contar com torcedores em jogos disputados fora de casa. Cabe recurso ao Pleno, última instância do tribunal.
Ataque ao ônibus
O incidente ocorreu em 22 de fevereiro, após o empate por 1 a 1 entre as equipes pela Copa do Nordeste. Membros de uma torcida organizada do Sport atacaram o ônibus do Fortaleza com bombas e pedras, deixando seis jogadores feridos.
Gonzalo Escobar, lateral-esquerdo do time cearense, foi atingido no rosto por um estilhaço e chegou a ficar desacordado. O jogador ainda não retornou aos gramados desde então.
Os auditores responsáveis pelo julgamento entenderam que o clube pernambucano não providenciou a segurança necessária para a realização da partida e também falhou ao não identificar e punir administrativamente os envolvidos no ataque. Além disso, consideraram que o Sport possui histórico de reincidência em casos de violência.
A denúncia feita pela procuradoria teve como base o artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata sobre a responsabilidade dos clubes em garantir a segurança em suas partidas.
O que diz o Sport?
Em sua defesa, o Sport alega não ter responsabilidade sobre o ocorrido, já que o ataque ao ônibus aconteceu a cerca de 8 quilômetros da Arena Pernambuco, local do jogo. Uma bomba e pedras foram arremessadas contra o veículo, atingindo o jogador Gonzalo Escobar.
No último domingo, 10, os jogadores do Fortaleza entraram em campo pela primeira semifinal do Campeonato Cearense usando uma camisa estampada com marcas de sangue, como forma de protesto e para relembrar o atentado sofrido pela equipe.
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