Petrúcio Ferreira faz história e conquista tricampeonato paralímpico
O paraibano alcançou a terceira medalha de ouro consecutiva nos Jogos Paralímpicos, consolidando sua supremacia na prova dos 100m classe T47
Petrúcio Ferreira, de 27 anos, fez história novamente nesta sexta-feira, 30, ao conquistar sua terceira medalha de ouro paralímpica nos 100 metros, classe T47, durante os Jogos Paralímpicos de Paris. O atleta paraibano, que já havia vencido a mesma prova nas edições de Tóquio 2020 e Rio de Janeiro 2016, reafirmou sua posição como um dos principais nomes do atletismo paralímpico mundial.
Com o tempo de 10s68, Petrúcio garantiu sua sexta medalha em Jogos Paralímpicos, sendo três de ouro, duas de prata e uma de bronze.
A prova foi disputada até os últimos instantes, com o americano Korban Best conquistando a prata com um tempo de 10s75, seguido de perto pelo marroquino Aymane El Haddaoui, que levou o bronze, também com 10s75.
Petrúcio, no entanto, se destacou com sua performance explosiva, mantendo-se à frente dos adversários e cruzando a linha de chegada com uma vantagem mínima, mas decisiva.
Desafios superados no caminho para o ouro
A jornada até esta nova vitória não foi fácil para Petrúcio Ferreira. Ele compartilhou as dificuldades enfrentadas ao longo do último ano, incluindo lesões persistentes e uma intensa autocrítica que quase comprometeu sua preparação.
“Sou muito grato por tudo isso, agradeço quem acredita no meu trabalho. Este ano foi muito difícil, com brigas internas, muitas lesões, e eu me cobro demais. Isso aqui é só diversão para mim“, revelou Petrúcio emocionado após a conquista.
Apesar das dificuldades, o velocista demonstrou resiliência e determinação, características que têm marcado sua carreira desde os primeiros passos no esporte. Natural de São José do Brejo do Cruz, na Paraíba, Petrúcio sofreu um acidente aos dois anos de idade que resultou na perda parcial do braço esquerdo. No entanto, sua paixão pelo esporte e sua velocidade natural o levaram a se destacar desde jovem, chamando a atenção de treinadores e abrindo o caminho para uma carreira de sucesso no atletismo.
Outros destaques do atletismo brasileiro em Paris
O Brasil também brilhou em outras provas do atletismo durante os Jogos Paralímpicos de Paris. Na prova dos 5.000 metros, classe T11 para deficientes visuais, o paulista Júlio César Agripino conquistou a medalha de ouro, enquanto o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques garantiu o bronze, em uma emocionante dobradinha que emocionou os torcedores brasileiros.
Além disso, o carioca Ricardo Mendonça brilhou nos 100 metros da classe T37, destinada a atletas com paralisia cerebral, conquistando a medalha de ouro com o tempo de 11s07. Esses resultados contribuem para o impressionante histórico do atletismo brasileiro nos Jogos Paralímpicos, que até Paris já havia conquistado 169 medalhas, tornando-se a modalidade mais vitoriosa do país.
A hegemonia de Petrúcio continua
Com mais essa vitória, Petrúcio Ferreira mantém uma hegemonia que já dura quase uma década na prova dos 100 metros, classe T47.
Desde os Jogos Parapan-Americanos de Toronto em 2015, o paraibano tem sido imbatível em competições internacionais, superando consistentemente seus adversários e se consolidando como uma lenda do esporte paralímpico.
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