O primeiro dia do judô nas Olimpíadas de Paris 2024 foi marcado por um momento inusitado que gerou uma grande polêmica quando o japonês Ryuju Nagayama, que eliminou o brasileiro Michel Augusto, se recusou a aceitar a derrota para o espanhol Francisco Garrigos.

Inconformado com a decisão da arbitragem, Nagayama não cumprimentou o rival e se recusou a sair do tatame.

O combate entre Nagayama e Garrigos começou de forma intensa. Ainda nos primeiros segundos, o espanhol aplicou um estrangulamento que levou os dois judocas ao solo.

Porém, após uma curta luta de solo, a arbitragem deu a vitória ao espanhol, encerrando rapidamente o duelo. A decisão causou revolta em Nagayama.

Judoca japonês não aceita derrota nas Olimpíadas de Paris 2024

Ryuju Nagayama não aceitou a derrota de forma pacífica. Segundo ele, nenhum critério técnico foi válido para declarar sua derrota naquele momento.

Ele argumentou que não saiu da consciência e que a contagem de 20 segundos em imobilização não foi aberta para uma vitória por ippon.

Essa situação irritou o japonês, que não só se recusou a cumprimentar o adversário, como também permaneceu no tatame pedindo uma revisão da arbitragem.

Por cerca de três minutos, Nagayama gesticulou e argumentou, criando um clima tenso na área de combate.

A revisão

Enquanto Ryuju Nagayama permanecia no tatame, Francisco Garrigos já havia iniciado uma entrevista aos veículos de comunicação espanhóis.

Mesmo com a insistência do japonês, a arbitragem se manteve firme na decisão de dar a vitória ao espanhol.

Essa postura deixou o judoca japonês ainda mais indignado.

Argumentos de Nagayama:

Imobilização: Ele acredita que a imobilização não foi mantida pelo tempo suficiente para declarar a vitória por ippon.

Estrangulamento: Nagayama argumentou que o estrangulamento não o fez perder a consciência.

Revisão de vídeo: Pediu insistentemente por uma revisão de vídeo que não foi atendida.

Importância do ranking no judô

Ryuju Nagayama ocupa a 6ª colocação no ranking mundial de judô, uma posição inferior por apenas um título a Francisco Garrigos.

O ranking é fundamental para determinar os combates e conferir uma visão geral sobre o desempenho dos atletas, pois revela regularidade e qualidade ao longo das competições e ajuda a prever os favoritos em torneios importantes.

No caso de Nagayama, sua posição no ranking não foi suficiente para evitar a derrota e a subsequente polêmica. Mesmo eliminando Michel Augusto nas oitavas de final, ele não conseguiu avançar além das quartas de final devido à derrota controversa para Garrigos.

Arbitragem do Judô

A arbitragem no judô segue critérios rígidos para avaliação dos combates. Os principais são:

Tempo de imobilização: 20 segundos para ippon.

Pontuação: Waza-ari e ippon são as pontuações significativas.

Estrangulamento e chaves: Técnicas de finalização devem ser executadas com segurança.

Entender e aceitar essas regras é fundamental para qualquer atleta de alto nível, no entanto, quando decisões são contestadas como no caso de Ryuju Nagayama, a polêmica se instala.

Esse evento inusitado nas Olimpíadas de Paris 2024 certamente será lembrado como um dos momentos mais controversos do judô.

Fica a dúvida se algum ajuste será feito nas regras para evitar acontecimentos similares no futuro.

E você, o que achou da postura de Ryuju Nagayama? Acredita que ele tinha razão em contestar a arbitragem ou que deveria ter aceitado a decisão com mais esportividade?