MP da Espanha recorre de liberdade provisória de Daniel Alves
O ex-jogador ainda não pagou a fiança de um milhão de euros e deve permanecer o fim de semana preso
O Ministério Público de Barcelona recorreu da decisão da Justiça que permitiu a liberdade provisória de Daniel Alves (foto) mediante o pagamento de uma fiança de 1 milhão de euros, equivalente a 5,5 milhões de reais.
O ex-jogador brasileiro foi condenado a quatro anos e meio de prisão pelo estupro de uma jovem de 23 anos em uma boate em Barcelona.
O Tribunal de Barcelona concordou parcialmente com o pedido da defesa de Alves para libertá-lo, enquanto se aguarda a sentença final. Daniel Alves, porém, ainda não pagou a fiança e deve permanecer o fim de semana preso.
Em recurso apresentado na sexta-feira, 22, promotores de Barcelona citaram o risco de fuga.
Daniel Alves teve os dois passaportes espanhol e brasileiro retidos e está proibido de sair do país.
O jogador, de 40 anos, que estava detido desde 20 de janeiro de 2023, também terá de “comparecer todas as semanas” em tribunal e responder “a todas as intimações legais” até ao seu novo julgamento, cuja data é desconhecida.
Ele também está proibido de se aproximar “a menos de um quilômetro da casa” ou “do local de trabalho” da vítima e “de se comunicar com ela por qualquer meio”.
Caso Daniel Alves
Daniel Alves solicitou sua libertação provisória na terça-feira, 20, durante uma breve sessão à porta fechada perante o tribunal de Barcelona. A acusação opôs-se a este pedido, considerando que o risco de fuga era significativo.
Ouvido por videoconferência a partir da prisão de Barcelona onde está detido, o antigo lateral da Seleção garantiu ao tribunal que não fugiria, acrescentando que acredita na justiça, segundo fontes judiciais.
A sua advogada, Inés Guardiola, lembrou que o ex-jogador já cumpriu um quarto da pena proferida em primeira instância, um argumento tido em conta pelo tribunal, que até agora se tinha oposto aos vários pedidos de libertação do jogador.
A advogada da demandante, por sua vez declarou que “é um escândalo deixarmos uma pessoa em liberdade quando sabemos que ela pode arrecadar um milhão de euros num instante”, disse Ester García à rádio catalã RAC-1.
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