Morre aos 87 anos, Wlamir Marques, o Diabo Loiro do basquete brasileiro
Sua carreira foi marcada por conquistas significativas e homenagens que eternizaram seu legado no esporte.

Faleceu nesta 3°feira, 18, Wlamir Marques, conhecido como o “Diabo Loiro“, foi um dos maiores nomes do basquete mundial, destacando-se como um dos protagonistas do bicampeonato mundial do Brasil em 1959 e 1963.
Nascido em São Vicente, São Paulo, em 1937, Wlamir começou sua trajetória no basquete de forma inusitada, ao pular o muro do clube Tumiaru em sua cidade natal.
Sua carreira foi marcada por conquistas significativas e homenagens que eternizaram seu legado no esporte.
Além de seu talento natural, Wlamir era conhecido por sua versatilidade em quadra, atuando em todas as posições, desde pivô até armador. Sua habilidade e velocidade excepcionais o tornaram um jogador completo, capaz de se destacar em qualquer função.
Sua última aparição pública ocorreu em 2024, quando foi homenageado com uma miniatura realista antes de uma partida da AmeriCup 2025, no ginásio do Corinthians, que leva seu nome desde 2016.
Qual foi o impacto de Wlamir Marques no basquete brasileiro?
Wlamir Marques teve um impacto profundo no basquete brasileiro, tanto em nível nacional quanto internacional.
Ele foi um dos principais responsáveis pelas conquistas do Brasil nos campeonatos mundiais de 1959 e 1963, além de ter conquistado duas medalhas de bronze nas Olimpíadas de Roma 1960 e Tóquio 1964. Sua presença em quadra era sinônimo de liderança e habilidade, inspirando gerações de jogadores.
Durante sua carreira, Wlamir jogou por clubes importantes, como o Corinthians, onde conquistou oito títulos paulistas. Sua contribuição para o esporte foi reconhecida em 2021, quando entrou para o Hall da Fama do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Além disso, a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) homenageou Wlamir em 2020, criando o Troféu Wlamir Marques para o melhor jogador em quadra do Campeonato Brasileiro adulto.

Como Wlamir Marques se destacou em competições internacionais?
Wlamir Marques se destacou em competições internacionais desde jovem, quando foi titular na campanha do Mundial de 1954, no Rio de Janeiro. Sua habilidade de “voar” em quadra, devido ao seu passado no atletismo, rendeu-lhe o apelido de “disco voador”.
Ele participou de quatro edições dos Jogos Olímpicos, acumulando duas medalhas de bronze, e foi peça-chave nas conquistas sul-americanas e pan-americanas do Brasil.
Um dos momentos mais memoráveis de sua carreira internacional foi a partida contra o Real Madrid em 1965, que inspirou a criação da Copa Intercontinental de Clubes.
Wlamir marcou 51 pontos, mesmo enfrentando uma reação alérgica, e ajudou o Corinthians a vencer por 118 a 109. Este feito foi reconhecido pela Federação Internacional de Basquete (FIBA) como um marco na história do basquete.
Qual foi o legado de Wlamir Marques após sua aposentadoria?
Após sua aposentadoria das quadras, Wlamir Marques continuou a contribuir para o basquete como técnico e educador. Ele treinou equipes masculinas e femininas, além de lecionar na Faculdade de Santo André (FEFISA). Seu conhecimento técnico e experiência prática enriqueceram o desenvolvimento de novos talentos no esporte.
Wlamir também atuou como comentarista esportivo, compartilhando sua visão e paixão pelo basquete com o público. Seu legado permanece vivo não apenas através das homenagens recebidas, mas também pelo impacto duradouro que teve no basquete brasileiro e internacional.
A história de Wlamir Marques é um testemunho de dedicação, talento e amor pelo esporte, inspirando futuras gerações de atletas.
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