Ministério Público quer a Mancha Verde banida dos estádios
No recente episódio envolvendo torcedores da Mancha Alviverde, fiel à Sociedade Esportiva Palmeiras, uma nova medida foi proposta pelo MPMG
No recente episódio envolvendo torcedores da Mancha Alviverde, fiel à Sociedade Esportiva Palmeiras, uma nova medida foi proposta pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Segundo a CNN, a recomendação visa o banimento temporário dessa torcida organizada de eventos esportivos por um período de dois anos, após incidentes violentos amplamente reportados. As instâncias responsáveis, a Federação Mineira de Futebol (FMF) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), receberam o documento na quarta-feira, 30 de outubro.
Conforme indicado pelo promotor de Justiça Fernando Abreu, são claras as preocupações sobre a presença dos integrantes dessa torcida organizada fora dos limites de Minas Gerais, levando assim a um pedido de cumprimento dessa medida a nível nacional. O intuito principal é mitigar os riscos de violência e desordem que tais grupos têm representado nos estádios brasileiros.
O que diz a Recomendação do Ministério Público?
A recomendação do MPMG não se limita a impedir a presença física nas arquibancadas. Busca, de forma abrangente, proibir qualquer manifestação que possa identificar o grupo, seja por meio de roupas, faixas, bandeiras ou instrumentos musicais. Esta medida visa evitar a reincidência de episódios como o embate violento ocorrido na Rodovia Fernão Dias, onde palmeirenses foram acusados de agressão à torcida do Cruzeiro usando fogo e objetos contundentes.
Este confronto trágico resultou em ferimentos em 17 torcedores, sendo quatro em estado grave, e, lamentavelmente, na morte de José Victor Miranda, torcedor cruzeirense de 30 anos. Tais ações trouxeram à tona a necessidade de respostas mais severas contra a violência associada a torcidas organizadas.
Por que a Medida é Importante para a Segurança nos Estádios?
As torcidas organizadas têm um histórico de animosidade que frequentemente se traduz em violência nos estádios de futebol. O promotor Fernando Abreu destaca que isso compromete a ordem pública e a segurança, deixando clara a relação entre esses grupos e práticas de criminalidade organizada. Por isso, o MPMG sugere que as punições tradicionais já não são suficientes e aponta para uma abordagem mais proativa e abrangente.
Além disso, ressalta a necessidade de um cadastro nacional para torcedores impedidos, o que facilitaria o controle de elementos indesejados e promoveria um ambiente mais seguro para todos os amantes do futebol.
Quais Outras Medidas São Propostas?
No documento, além das restrições à presença das torcidas organizadas, há um apelo para que clubes de futebol estabeleçam políticas internas que impeçam esses grupos de se apropriarem dos escudos e símbolos dos clubes. Esta iniciativa almeja afastar essas entidades problemáticas do esporte, evitando que a responsabilidade civil objetiva, conforme previsto na Lei Geral do Esporte, recaia sobre os clubes.
A Federação Mineira de Futebol deve se pronunciar em até 72 horas sobre o acatamento da recomendação. Tal análise será crucial para determinar o futuro da convivência entre torcidas e sua relação com os clubes, bem como para a estabilidade e segurança nos campos de futebol de todo o país.
O Futuro das Torcidas Organizadas no Brasil
As decisões tomadas em relação às torcidas organizadas irão moldar o futuro do futebol no Brasil. Manter a integridade e a segurança nos estádios é uma prioridade, e as medidas sugeridas procuram oferecer um caminho para a convivência pacífica entre diferentes grupos de torcedores. As entidades responsáveis deverão equilibrar as tradições das torcidas com a necessidade de garantir segurança e paz nos eventos esportivos.
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