Maracanã do Atletismo, Ibirapuera está em completo abandono
Descubra a polêmica envolvendo o Estádio Ícaro de Castro Mello, a luta pela reforma e o debate sobre privatização.
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O renomado Estádio Ícaro de Castro Mello, popularmente conhecido como o Maracanã do Atletismo, aguarda reformas e luta contra sinais de abandono quando enfrenta desafios de privatização.
Inaugurado em 1974 e classificado provisoriamente em 2021 pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), o estádio viu-se recentemente no centro de uma polêmica quando o governo de São Paulo concedeu a pista para uma corrida de carros, o que provocou reação da comunidade de atletismo.
Atletismo x Corrida de carros
A Ultimate Drift, empresa responsável pelo evento de corrida de carros, postou um vídeo de um trator removendo o piso de borracha da pista, gerando indignação entre atletas e a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) que lutaram para defender a finalidade esportiva do local. Em resposta à pressão, o evento automobilístico foi transferido para a área de estacionamento do complexo esportivo.
A necessidade de reformas
Segundo o presidente da CBAt, Wlamir Campos, a última reforma da pista ocorreu em 2010. Infelizmente, devido à degradação progressiva do piso, nenhuma competição oficial tem sido realizada no local desde o Campeonato Brasileiro mirim de atletismo, em 2015.
Devido ao estado de deterioração, a gestão do ex-governador João Doria, que buscava conceder o complexo à iniciativa privada, deixou de fazer a manutenção do local, uma decisão que custa aos atletas e ao patrimônio esportivo brasileiro.
O futuro do estádio
O atual governador, Tarcísio de Freitas, reforçou a intenção de restaurar a pista de atletismo como uma das prioridades. Contudo, a reforma só deve ocorrer após o término do processo de tombamento emitido pelo Iphan.
Renomados atletas olímpicos treinaram e moraram no complexo esportivo e ressaltam que a falta de estrutura adequada dificulta o surgimento de novos talentos e prejudica as chances de medalhas em competições internacionais.
“Há uma redução na formação de grandes atletas para um futuro próspero com medalhistas em Olimpíadas”, alerta Maurren Maggi, campeã olímpica no salto em distância em Pequim-2008, que ainda acrescenta que “não seria campeã olímpica se não tivesse treinado e morado no Ibirapuera”.
O futuro do Estádio Ícaro de Castro Mello, assim como do atletismo brasileiro, dependerá de iniciativas apropriadas para a recuperação e preservação deste importante patrimônio esportivo.
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