Manipulação no Futebol: “Rebaixei 42 times”, diz Willian Rogatto na CPI
Em um depoimento sobre a manipulação de jogos, Rogatto confessou ter promovido o rebaixamento de 42 equipes.
O universo do futebol brasileiro foi abalado por uma série de revelações bombásticas sobre manipulação de resultados no futebol nacional feitas por William Pereira Rogatto.
Em um depoimento recente sobre a manipulação de jogos, Rogatto confessou ter promovido o rebaixamento de 42 equipes.
Entre as vítimas do seu “toque de Midas” às avessas está o Santa Maria, que caiu em 2024 durante a primeira fase do Candangão.
O depoimento de Rogatto à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Manipulação de Jogos ocorreu via videoconferência, uma vez que o réu reside fora do Brasil.
As confissões vieram após um requerimento de convocação, já que ele não compareceu voluntariamente à CPI, mesmo remotamente.
Rogatto alegou ter lucrado cerca de R$ 300 milhões com suas atividades ilícitas.
William Rogatto: O “Rei do Rebaixamento” Revela Seus Segredos
Quando se pensa em manipulação de partidas, o nome de William Rogatto agora emerge como um dos mais notórios.
Admitindo ser “réu confesso”, Rogatto explicou que sua chegada ao Santa Maria foi com grande alarde, prometendo trazer jogadores renomados e transformar o clube.
No entanto, o que se seguiu foram derrotas humilhantes que selaram o destino da equipe no campeonato.
Dentre os jogos sob suspeita estão as goleadas sofridas pela Águia, como a derrota de 6 a 0 para o Ceilândia e o revés de 5 a 0 diante do Gama.
Essas partidas levantaram sobrancelhas e agora constam na lista de jogos investigados pela CPI.
Impacto das confissões de Rogatto sobre manipulação no Futebol Brasileiro
As confissões de Rogatto levaram os senadores a oferecerem medidas protetivas ao delator, incluindo delação premiada e proteção à testemunha.
Apesar dessas propostas, Rogatto expressou descrença sobre a eficácia dessas garantias em face das ameaças que pode enfrentar.
O escândalo trouxe à tona também menções a outros envolvidos em casos semelhantes.
Rogatto destacou o magnata John Textor, dono da SAF do Botafogo, que anteriormente denunciou manipulações no Brasileirão em 2022 e 2023. Segundo Rogatto, Textor não está “totalmente errado” em suas alegações.
Futuro do Santa Maria e as medidas da CPI
Com voz embargada, a presidente do Santa Maria, Dayana Nunes, também depôs na CPI. Ela explicou que, em meio a desafios pessoais, confiou plenamente em Rogatto para gerenciar o time.
O acordo previa que Rogatto utilizaria o dinheiro proveniente da Copa do Brasil 2025, caso o time alcançasse a final local, objetivo que não foi alcançado.
Dayana, agora, enfrenta a triste realidade de tentar recolocar o Santa Maria na elite. Sem recursos financeiros adequados, ela considera a reascensão do clube em 2025 quase impossível.
Manipulação no Futebol: Investigação
O depoimento de Rogatto é apenas a ponta do iceberg. A CPI já sinalizou mais convocações para esclarecimentos, incluindo figuras como Bruno Tolentino e a influenciadora digital Deolane Bezerra, conectadas a escândalos de apostas.
Com esses desdobramentos, a expectativa é que mais detalhes sobre esse esquema complexo venham à tona.
O futuro do futebol brasileiro precisa reavaliar suas estruturas para evitar que escândalos como esses prejudiquem ainda mais a sua reputação e a confiança dos torcedores.
O caso de William Rogatto é um alerta e um chamado à ação.
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